Modificação da superfície e caracterização do politetraflúoretileno ptfe para aplicação em regeneração óssea guiada rog

Abstract

Um dos maiores desafios da odontologia é o tratamento de defeitos ósseos com biomateriais. O politetrafluoretileno (PTFE) é um polímero que é estudado para a utilização nestes tratamentos. Neste trabalho foram avaliadas amostras de politetrafluoretileno expandido (e-PTFE) e politetrafluoretileno laminado (PTFE) para uso na técnica de regeneração óssea guiada (ROG). As propriedades do e-PTFE para uso como membranas foram comparadas com as placas de PTFE laminadas para uso como barreira. Os efeitos de tratamentos com plasma nas propriedades superficiais das amostras foram investigados visando aumentar a quantidade de grupamentos funcionais disponíveis com a degradação da superfície. As amostras de ePTFE e PTFE laminadas foram tratadas com a técnica por exposição ao plasma com gás inerte de argônio (Ar). As alterações na molhabilidade foram determinadas pela medida do ângulo de contato, enquanto que a rugosidade foi quantificada por interferometria. A morfologia das amostras foi determinada por microscopia eletrônica de varredura (SEM). A estrutura e a composição química da superfície foram analisadas por espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) e energia dispersiva de raios X (EDS). A caracterização também foi realizada através da análise termogravimétrica (TGA), calorimetria de varredura diferencial (DSC), difração de raios X (XDR) e pelo ensaio de tração. Os resultados mostraram que o modo de processamento das amostras influenciou nas características e nas propriedades do material. Através da análise de SEM constatou-se diferenças na porosidade entre as amostras de membrana e barreira. As amostras de e-PTFE para uso como membrana não apresentaram propriedades mecânicas adequadas em comparação com as amostras de PTFE laminadas indicadas para barreira. Os resultados das análise de XDR e DSC evidenciaram diferenças entre os materiais pelo grau de cristalinidade. As caracterizações demonstraram que a técnica de tratamento com plasma aumentou a rugosidade, o que facilitará futura deposição de agentes antimicrobianos.