Relação entre a força isocinética de flexores e extensores de joelho e o desempenho no salto vertical de soldados do 1ºBPE

Abstract

Um valioso elemento da aptidão física para desempenho é a potência de membros inferiores, fundamental nas inúmeras atividades do dia a dia, principalmente no meio militar. Atividades militares específicas de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) envolvem ações que visam responder com rapidez e eficácia, sendo determinante o tempo de reação e de movimento em tarefas motoras diversas. Ademais, cresce de importância encontrar medidas da força isocinética dos flexores e extensores do joelho, para verificar quais dessas são preditoras dessa valência física, a fim de melhor prever desempenho físico. Logo, o objetivo do trabalho foi verificar a relação entre a potência de membros inferiores, que foi mensurada através da altura do salto vertical, e a força isocinética dos flexores e extensores do joelho de soldados do 1º BPE. MÉTODOS: A amostra foi constituída por 34 homens saudáveis sem experiência em Treinamento de Força, faixa etária de 18 a 19 anos, integrantes da 1º Batalhão de Polícia do Exército, recreacionalmente treinados. A estatura foi medida através de estadiômetro. A medida de massa corporal foi aferida utilizando uma balança de precisão digital (Filizola® - USA). Para a medição da força dos flexores e extensores do joelho, utilizou-se o teste dinamométrico de membros inferiores, no dinamômetro isocinético Biodex S4 Pro. Para avaliar potência muscular foi realizado o salto Counter Movement Jump (CMJ), sem utilização dos membros superiores A avaliação dos saltos verticais foi executada com auxílio de tapete de salto da Marca AXON JUMP. Realizou-se o teste de correlação de Pearson para averiguar o nível de correlação entre as variáveis, adotando-se : r = 0,10 até 0,30 (fraco); r = 0,40 até 0,6 (moderado); r = 0,70 até 1 (forte) ; e nenhuma para r = 0. RESULTADOS: Foi encontrada correlação significativa entre a altura do salto vertical e a força dos extensores de joelho, positiva e de magnitude forte (p ≤ 0,005, r = 0,730) e não foi encontrada correlação com os flexores ( p=0,077). CONCLUSÃO: Conclui-se que houve correlação positiva de magnitude forte entre a altura do salto contra movimento e a força de extensores de joelho em militares do 1° BPE. ______________________________________________________________________________ A valuable element of physical fitness for performance is the power of the lower limbs, which is essential in countless daily activities, especially in the military. Specific military activities for the Guarantee of Law and Order (GLO) involve actions that require a quick and effective response, with time for reaction and movement in different motor tasks being key elements to it. Furthermore, finding measures of the isokinetic strength of the knee flexors and extensors are growing in importance, in order to verify which of these are predictors of this physical valency, to better predict physical performance. Therefore, the objective of this study was to verify the relationship between the power of the lower limbs, which was measured through the height of the vertical jump, and the isokinetic force of the knee flexors and extensors of soldiers from the 1st BPE. METHODS: The sample consisted of 34 healthy men naive for TF, aged between 18 and 19 years old, members of the 1st Army Police Battalion, who received recreational training. Their height was measured by a stadiometer. Body mass was measured using a digital precision scale (Filizola® - USA). To measure the strength of their knee flexors and extensors, the lower limb dynamometer test was used with the Biodex S4 Pro isokinetic dynamometer. To evaluate muscle power, the Counter Movement Jump (CMJ) was performed, without the aid of the upper limbs. The evaluation of vertical jumps was performed with the use of the AXON JUMP jumping mat. Pearson's correlation test was performed to ascertain the level of correlation between the variables, adopting: r = 0.10 to 0.30 (weak); r = 0.40 to 0.6 (moderate); r = 0.70 to 1 (strong); and none for r = 0. RESULTS: A significant correlation was found between the height of the vertical jump and the strength of the knee extensors, which were positive and of strong magnitude (p ≤ 0.005, r = 0.730) and no correlation was found with the flexors (p=0,077). CONCLUSION: It was concluded that there was a positive correlation of strong magnitude between the jump height and the movement and strength of knee extensors in soldiers of the 1st BPE.