O preparo do oficial de engenharia para a participação em operações de desminagem humanitária na missão de assistência para a remoção minas na America Central (MARMINCA)

Abstract

O uso indiscriminado de minas terrestres antipessoais em conflitos armados constitui uma das principais consequências das guerras ocorridas no século passado, uma vez que esses engenhos podem permanecer ativos no terreno após o término das hostilidades, atormentando, assim, a população local dos países afetados. Como forma de policiar e regulamentar a utilização desses artefatos entrou em vigor em 1991 o Tratado de Ottawa. Desde então, o Brasil, signatário desse acordo e apoiado por organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), vem colaborando com as operações de remoção de minas em lugares assolados por essa mazela. A principal contribuição brasileira está no envio de engenheiros do Exército Brasileiro (EB) para essas missões de assistência humanitária, portanto a correta preparação dos recursos humanos é primordial para o sucesso dessas representações. Dentre as várias missões com contribuição do EB, destacaremos a MARMINCA transcorrida na Nicarágua. O objetivo deste trabalho é analisar o preparo realizado pelo oficial de engenharia para a participação nessa missão. Para tanto, foi feito, com o auxílio do Google Forms, um formulário, composto por 15 questões dissertativas, a ser respondido via internet pelos oficiais que participaram na referida missão. A amostra da pesquisa é composta por 8 oficiais superiores da Arma de Engenharia do EB. Utilizando recursos de um editor de planilhas as respostas foram consolidadas e transformadas em gráficos para posterior análise. Foram evidenciados os cursos e estágios realizados pelos militares no âmbito civil ou militar, tais como cursos de idiomas e estágios de desminagem, como forma de preparo intelectual. Do mesmo modo, a preparação física dos entrevistados também foi analisada. Além disso, foram elencadas as principais dificuldades encontradas pelos participantes da MARMINCA. A partir da correlação entre os cursos e estágios realizados e as adversidades encontradas foi possível analisar a preparação dos oficiais designados com o intuito de embasar e otimizar o preparo de militares que irão desempenhar funções semelhantes em outras missões de mesma natureza que o Brasil venha a fazer parte. __________________________________________________________________________ El uso indistinto de minas terrestres antipersonales en conflictos armados es una de las principales consecuencias de las guerras que han ocurrido en el siglo pasado, ya que estos artefactos pueden permanecer activos en el terreno después del final de las hostilidades, atormentando, así, a la población local de los países afectados. Como una forma de vigilar y regular el uso de estos artefactos, el Tratado de Ottawa entró en vigencia en 1991. Desde entonces, Brasil, signatario de este acuerdo y apoyado por organizaciones internacionales como la Organización de las Naciones Unidas (ONU) y la Organización de los Estados Americanos (OEA), ha estado colaborando con las operaciones de remoción de minas en lugares plagados por estes artefactos. La principal contribución brasileña es el envío de ingenieros del Ejército Brasileño (EB) para estas misiones de asistencia humanitaria, por lo tanto la preparación correcta de los recursos humanos es esencial para el éxito de estas representaciones. Entre las diversas misiones con contribución del EB, destacaremos la MARMINCA en Nicaragua. El objetivo de este trabajo es analizar la preparación realizada por el oficial de ingeniería para participar en esta misión. Con este fin, se realizó un formulario con la ayuda de Google Forms, compuesto por 15 preguntas de ensayo, para ser respondidas a través de Internet por los oficiales que participaron en esa misión. La muestra de investigación consta de 8 oficiales superiores de la Arma de Ingeniería del EB. Utilizando recursos de un editor de hojas de cálculo, las respuestas se consolidaron y transformaron en gráficos para su posterior análisis. Se evidenciaron los cursos y pasantías llevadas a cabo por los militares en el ámbito civil o militar, como cursos de idiomas y pasantías de desminado, como una forma de preparación intelectual. Del mismo modo, también se analizó la preparación física de los entrevistados. Además, se enumeraron las principales dificultades encontradas por los participantes de la MARMINCA. De la correlación entre los cursos y pasantías realizadas y las adversidades encontradas fue posible analizar la preparación de los oficiales designados para basar y optimizar la capacitación del personal militar que realizará funciones similares en otras misiones de la misma naturaleza de la que Brasil formará parte.