Efeito agudo da execução de variados circuitos de treinamento rústico operacional militar no desempenho dos testes de força de preensão manual e salto vertical

Abstract

INTRODUÇÃO: Visando o aprimoramento das capacidades biomotoras importantes para os militares do Exército Brasileiro em seu emprego operacional o Instituto de Capacitação Física do Exército desenvolveu um método de treinamento rústico operacional militar intitulado Cross Operacional. Tal atividade é composta por quatro diferentes circuitos com níveis graduais de exercícios de caráter isotônico e isométrico intercalados com corrida de 200 metros de ritmo controlado. Por se tratar de uma nova metodologia de treinamento, ainda não há evidências sobre a influência da execução dos diferentes circuitos do Cross Operacional no desempenho da Força de Preensão Manual (FPM) e no salto vertical (SV). O presente estudo avaliou o desempenho de militares nos testes de SV e FPM antes e após a execução dos circuitos de diferentes intensidades. MÉTODO: Foram avaliados 12 indivíduos fisicamente ativos (26±2,04 anos, 81,59±7,15kg, 1,81±0,06m), nos testes de FPM com dinamômetro Jamar e no Sargent Jump Test pré e pós a execução de cada uma das séries que compõem o Cross Operacional. Os circuitos foram executados uma vez por semana de forma randomizada. RESULTADOS: Os dados foram analisados estatisticamente através ANOVA one way com post hoc de Tukey. O SV pré foi de 49,17±6,07 cm e a FPM pré foi de 54,74±6,19 kgf. No teste de SV pós foram encontrados os seguintes valores (cm): Série Verde: 48,79±7,90, Amarela: 48,52±5,53, Azul: 47,63±7,23, Vermelha: 47,69±6,24. Já para a FPM pós os resultados foram os seguintes (kgf): Verde: 58,92±7,73 Amarela: 55,25±7,00 Azul: 58,33±4,19, Vermelha: 58,25±5,97. Não foram encontradas diferenças significantes tanto para a FPM quanto para o SV na realização dos testes após a execução dos quatro níveis do método de treinamento (p>0,05). CONCLUSÃO: A execução do Cross Operacional não causou redução significante na altura de SV e na FPM. Da mesma forma, não houve diferença de desempenho significante entre os testes realizados após a execução dos quatro diferentes níveis. _______________________________________________________________________________

ABSTRACT: In order to improve the important biomotor capabilities for Brazilian Army military in their operational employment the IPCFEx developed a rustic operational military training method entitled Cross Operacional composed by four different levels of isotonic and isometric exercises intercalated with 200m running with controlled rhythm. Because it’s a new training method, there isn’t still evidence about the influence of the execution of the different circuits of the Cross Operacional in the performance of handgrip force and vertical height (VH). This study evaluated the performance of volunteers in the Vertical jump and Handgrip test after the conclusion of its different circuits. METHODS: 12 physical active participants (26±2.04 years, 81.59±7.15kg, 1.81±0.06m) were evaluated in the handgrip test with Jamar dynamometer and in the Sargent Jump Test pre and post execution of each series of the Cross Operacional. The circuits were executed once a week and randomized. RESULTS: The data were analyzed using the ANOVA test with Tukey post hoc. The pre vertical height (VH) was 47.69±6.07 and pre handgrip force (HF) was 54.74±6.19. In the post VH test the results were: Green series: 48.79±7.90, Yellow: 48.52±5.53, Blue: 47.63±7.23, Red: 47.69±6.24. Handgrip force results were: (kgf): Green: 58.92±7.73 Yellow: 55.25±7.00 Blue: 58.33±4,19, Red: 58.25±5.97. No significant differences were find between initial values of vertical height and handgrip force and after the execution of the different levels of this training method. (p>0,05). CONCLUSION: The execution of the Cross Operacional didn’t cause reduction of performance in the VH and HF. The results didn’t showed significant changes between the four different levels.