Análise da razão recíproca entre a flexão de braço na barra fixa e flexão de braço no solo em militares

Abstract

A grande quantidade de testes, juntamente com variadas possibilidades de movimentos existentes, dificultam mensurar a razão de grupos musculares, podendo ser simétrica (inter - direito e esquerdo) e recíproca (intra - agonistas e antagonistas). Esse desequilíbrio muscular pode causar danos estruturais e podem ser indicadores à predição de lesão musculoesquelética. Militares estão propensos a essas lesões uma vez que são exigidos bastante fisicamente em seu cotidiano, principalmente em membros superiores. Assim, esse estudo se propôs a mensurar essa relação musculoesquelética de agonistas e antagonistas em membros superiores utilizando o teste funcional comum a todos os militares do Exército Brasileiro. MÉTODO: Foi contabilizado, considerando os resultados obtidos no teste de aptidão física, o número máximo de flexões de braço no solo e na barra fixa de cada indivíduo, a fim de obter a relação recíproca de agonistas e antagonistas musculoesquelética. Os dados foram tabulados computando o número máximo de repetições realizadas e a razão foi calculada dividindo os números de flexão no solo pela flexão na barra fixa. RESULTADO: Os valores médios obtidos foram de 11,3 repetições para flexão de braço na barra fixa, desvio padrão de 1,41. Para flexão no solo, a média foi de 37,11 repetições, desvio padrão de 4,31. Foi encontrada, também, a média de 25,98 repetições, desvio padrão de 3,02 nos valores da flexão de braço no solo ajustados. Obtendo uma relação de flexão de braço no solo para flexão de braço na barra fixa (3,30:1) e com a flexão de braço no solo ajustada (70% do peso corporal) para flexão de braço na barra fixa (2,31:1). CONCLUSÃO: Ao comparar os valores, o estudo apresentou diferença significativa e demonstrou uma melhor relação intra segmento. Portanto, o estudo mostra que ao comparar a razão recíproca nos testes funcionais/ocupacionais o ajuste deve ser feito para igualar as condições de execução. _________________________________________________________________________

ABSTRACT: The large number of tests, together with the varied possibilities of existing movements, make it difficult to measure the ratio of muscle groups and can be symmetrical (inter - right and left) and reciprocal (intra - agonists and antagonists). This muscle imbalance can cause structural damage and may be indicators of the prediction of musculoskeletal injury. Military personnel are prone to these injuries since they are required quite physically in their daily lives, especially in the upper limbs. Thus, this study aimed to measure this musculoskeletal relationship of agonists and antagonists in the upper limbs using the functional test common to all Brazilian Army military personnel. METHOD: Considering the results obtained in the physical fitness test, the maximum number of arm flexions in the ground and in the fixed bar of each individual was calculated in order to obtain the reciprocal relationship of musculoskeletal agonists and antagonists. The data were tabulated by computing the maximum number of repetitions performed and the ratio was calculated by dividing the ground flexion numbers by the fixed bar flexion. RESULTS: Mean values obtained were 11.3 repetitions for arm flexion in the fixed bar, standard deviation of 1.41. For ground flexion, the average was 37.11 repetitions, standard deviation of 4.31. It was also found an average of 25.98 repetitions, standard deviation of 3.02 in the adjusted ground arm flexion values. Obtaining a ground-to-arm flexion ratio for fixed bar arm flexion (3.30: 1) and with adjusted ground arm flexion (70% of body weight) for fixed bar arm flexion (2.31 :1). CONCLUSION: When comparing the values, the study showed a significant difference and showed a better intra-segment relationship. Therefore, the study shows that when comparing the reciprocal ratio in the functional/occupational tests, the adjustment must be made to match the execution conditions.