As possibilidades e limitações da guerra eletrônica no Exército Brasileiro

Abstract

O emprego correto da Guerra Eletrônica (GE) é reconhecido e nenhuma força armada pode prescindir de suas possibilidades para obter êxito em suas missões. A Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro, todavia, nunca foi testada em guerra. Em virtude disso, esse trabalho buscou levantar as principais possibilidades e limitações do emprego da GE do Exército Brasileiro (EB) no atual contexto geopolítico nacional. Realizaram-se pesquisas em monografias, artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso e legislações nacionais a fim de verificar as possibilidades e limitações do emprego da GE do EB. Produziuse um questionário a ser respondido por militares possuidores do curso de GE do EB a fim de coletar dados referentes ao real emprego que fizeram da GE no cenário nacional. Verifica-se que o Exército Brasileiro tem empregado a GE principalmente nas operações na faixa de fronteira e operações de garantia da lei e da ordem, utilizando, na maioria das vezes, as ações de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE) para o apoio às funções de combate Inteligência e Comando e Controle. Evidenciaram-se, como obstáculos ao emprego da GE, a necessidade de aprimoramento de doutrina específica de Medidas de Ataque Eletrônico (MAE) e a limitação dos sinais digitais. Constatou-se que as maiores possibilidades de emprego da GE são as ações de MAGE e as principais limitações são relacionadas a MAE e aos sinais digitais. Por conta disso, é indispensável o aprimoramento da doutrina de MAE e a aquisição de equipamentos que decodifiquem os sinais digitais