Efeitos agudos do high intensity interval training (hiit) sobre o metabolismo glicolítico e oxidativo na corrida em diferentes tipos de recuperação

Abstract

INTRODUÇÃO: Embora estudos envolvendo efeitos da frequência cardíaca e quociente respiratório no metabolismo dos macronutrientes levando por base a intensidade do exercício em diferentes sistemas metabólicos através de exercícios aeróbicos ou anaeróbios tenham sido realizados, a literatura apresenta-se carente quanto a investigações direcionadas aos efeitos agudos do Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) sobre a FC e QR, sobretudo no período de recuperação. Assim, o presente estudo investigou os efeitos agudos do HIIT sobre os sistemas glicolíticos e oxidativos na corrida em diferentes tipos de recuperação. MÉTODOS: Participaram do estudo 15 militares saudáveis do sexo masculino do Exército Brasileiro na faixa etária de 20 a 30 anos, realizando, assim, três intervenções de ergoespirômetria: inicialmente foi realizado o teste cardiorrespiratório seguindo o protocolo de Rampa, para determinar o VO2 máximo e a Frequência Cardíaca máxima. Posteriormente foram submetidos ao protocolo de HIIT (HIIT 1): realizaram uma série de aquecimento de 5min à 50% VO2máximo, seguido de seis séries de 1min e 30seg à 90%VO2 máximo com 1min de intervalo passivo, após as séries passaram a uma fase de recuperação a 40% do VO2máximo de 3 min. No segundo protocolo de HIIT (HIIT 2) fora alterado apenas o intervalo, substituindo o intervalo passivo por um intervalo ativo de 1min à 50% VO2máximo. Durante o HIIT 1 e 2 foram mensuradas: frequência cardíaca (FC), velocidade na esteira em km/h (Velocidade) e percepção subjetiva de esforço de Borg (PSE). Foi utilizado o teste de Shapiro Wilk para análise da normalidade dos dados. Na estatística inferencial foi utilizado o test t de Student para comparação entre os dados (p<0,05). RESULTADOS: A FC média no HIIT 1 (recuperação passiva) foi de 148±19 bpm, enquanto que no HIIT 2 (recuperação ativa) foi de 167±7 bpm. Os intervalos de recuperação 1, 2, 3, 4, 5 e 6 apresentaram diferença significativa (p<0,05). E no sexto estímulo (6ºE) a FC foi significativamente maior no HIIT 2 (p=0,017). O valor médio de QR no HIIT 1 (recuperação passiva) de 0,79±0,04 e no HIIT 2 (recuperação ativa) de 0,62±0,02. Embora estatisticamente não tenha sido observada diferença significativa (p<0,05), na parte metabólica (conforme pode ser observado na figura 2) no HIIT 1 tanto as gorduras (70,1%) e os carboidratos (29,9%) contribuem para gerar energia. No HIIT 2, o fornecimento de energia é essencialmente pelo metabolismo das gorduras (100%). CONCLUSÃO: Sessões de HIIT á 90% do VO2Max com intervalo passivo, além de permiti uma menor fadiga acumulada durante a cessão de treino, possibilita ao indivíduo está em 100% da demanda energética na oxidação de gordura. Portanto, melhor para individuas que procuram o emagrecimento. _______________________________________________________________________________________

ABSTRACT INTRODUCTION: Although studies involving heart rate and respiratory quotient effects on macronutrient metabolisms based on the intensity of exercise in different metabolic systems through aerobic or anaerobic exercises have been performed, the literature is lacking in investigations directed to the acute effects of the Training High Intensity Interval (HIIT) on HR and QR, especially in the recovery period. Thus, the present study investigated the acute effects of HIIT on the glycolytic and oxidative systems in the race in different types of recovery. METHODS: Fifteen healthy male military personnel of the Brazilian Army in the age group of 20 to 30 years participated in the study, thus performing three interventions of ergoespirometry: the cardiorespiratory test was initially performed following the Rampa protocol, to determine the maximum VO2 and Frequency Maximum heart rate. Subsequently, they were submitted to the HIIT protocol (HIIT 1): they performed a heating series from 5 minutes to 50% VO2maximum, followed by six series of 1min and 30secs to 90% VO2maximum with 1min of passive interval, after the series passed to a phase of recovery at 40% VO2maximum 3 min. In the second HIIT protocol (HIIT 2) only the interval was changed, replacing the passive interval by an active interval from 1min to 50% VO2maximum. During HIIT 1 and 2, heart rate (HR), treadmill velocity in km / h (Velocity) and subjective perception of exertion of Borg (PSE). The Shapiro wilk test was used to analyze data normality. In the inferential statistic, Student's t-test were used to compare the data (p <0.05). RESULTS: Mean HR in HIIT 1 (passive recovery) was 148 ± 19bpm, while in HIIT 2 (active recovery) was 167 ± 7 bpm. Recovery intervals 1, 2, 3, 4, 5 and 6 presented a significant difference (p <0.05). And in the sixth stimulus (6ºE) the HR was significantly higher in HIIT 2 (p = 0.017). The mean value of QR in HIIT 1 (passive recovery) was 0.79 ± 0.04 and in HIIT 2 (active recovery) of 0.62 ± 0.02. Although statistically no significant difference (p <0.05) was observed in the metabolic part (as can be observed in figure 2), both fats (70.1%) and carbohydrates (29.9%) contributed to HIIT 1. to generate energy. In HIIT 2, the energy supply is essentially by fat metabolism (100%). CONCLUSION: Sessions of HIIT to 90% of the VO2Max with passive interval, in addition to allowing a lower accumulated fatigue during the training assignment, allows the individual to be in 100% of the energy demand in the fat oxidation. Therefore, it is best for individuals.