Combate ao narcotráfico no Comando Militar da Amazônia : o emprego do Batalhão de Infantaria de Selva no combate ao narcotráfico na faixa de fronteira

Abstract

O combate ao narcotráfico na Amazônia é uma tarefa complexa e um desafio para o Estado Brasileiro. As características regionais, em particular na faixa de fronteira, profundamente marcadas por vazios demográficos, densa floresta latifoliada, cortada por extensa rede de rios penetrantes, presença de povos indígenas e populações ribeirinhas além da marcante ausência do Estado, tornam a região um terreno fértil para a prática de todo tipo de ilícito. Soma-se a isso, a proximidade com grandes produtores de entorpecentes, o que atrai as atenções do crime organizado, tornando a região palco de intensas disputas pelo controle de rotas de tráfico que visam interiorizar a droga ou são vias de passagem rumo ao mercado americano e europeu. As ações desencadeadas no nivél unidade, no contexto do combate às drogas na Faixa de Fronteira Amazônica, particularmente a faixa fronteiriça compreendida dentro da área do Comando Militar da Amazônia (CMA), demandam um planejamento específico de forma a potencializar seus resultados, explorando ao máximo as capacidades orgânicas dos Batalhões de Infantaria de Selva (BIS). O planejamento bem executado configura-se como fator preponderante para o sucesso de qualquer operação e no combate ao narcotráfico não é diferente, o que torna lógico e muito oportuno a busca por um consenso de como conduzir tais operações. O objetivo deste trabalho foi promover o aprofundamento dos conhecimentos a respeito do planejamento de Operações de Combate ao Tráfico de Drogas na Faixa de Fronteira do CMA à luz da doutrina, buscando reunir informações que colaborassem com esse objetivo, fazendo-se relevante devido à escacez de fontes de consulta e também a dispersão do material já eventualmente produzido, utilizando para isso, como modalidade de pesquisa, o método indutivo. A pesquisa realizada foi do tipo aplicada, uma vez que buscava produzir conhecimentos que viéssem a auxiliar planejamentos futuros de Operações de Combate ao Narcotráfico na Faixa de Fronteira do CMA.

Combating drug trafficking in the Amazon is a complex task and a challenge for the Brazilian State. The regional characteristics, particularly in the border strip, deeply marked by demographic voids, dense broadleaf forest, cut by an extensive network of penetrating rivers, the presence of indigenous peoples and riverside populations, in addition to the marked absence of the State, make the region a fertile ground for the practice of all kinds of illicit acts. Added to this, the proximity to major producers of narcotics, which attracts the attention of organized crime, making the region the scene of intense disputes over the control of trafficking routes that aim to internalize the drug or are passageways towards the American market. and European. The actions carried out at the unit level, in the context of the fight against drugs in the Amazon Border Range, particularly the border area within the area of the Amazon Military Command (CMA), demand specific planning in order to maximize its results, exploiting to the fullest the organic capabilities of Jungle Infantry Battalions. Well-executed planning is a key factor for the success of any operation, and the fight against drug trafficking is no different, which makes it logical and very timely to seek a consensus on how to conduct such operations. The objective of this work was to promote the deepening of knowledge about the planning of Operations to Combat Drug Trafficking in the Border Strip of the CMA in the light of the doctrine, seeking to gather information that collaborates with this objective, making it relevant due to the lack of consultation sources and also the dispersion of material already produced, using the inductive method as a research modality. The work carried out was of the applied type, since it seeks to produce knowledge that would help future planning of Operations to Combat Drug Trafficking in the Border Strip of the CMA.