A importância do comando e controle nos grandes eventos realizados no Brasil entre os anos de 2014 e 2016

Abstract

A segurança do Brasil é sempre questão de debates e discussões quanto à forma de sua execução, seja nos patrulhamentos ostensivos ou repressivos e não é diferente quando algum evento de repercussão mundial vem a ser sediado no país. Nesta ótica, a finalidade deste trabalho é compreender como o país manteve a segurança na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016. Será analisada a cooperação entre as agências de segurança pública e as Forças Armadas com o auxílio das novas tecnologias como o Sistema Rádio Digital Troncalizado (SRDT), expondo a importância do comando e controle para a segurança dos jogos o qual visa dar ao comandante em tempo real todas as informações necessárias para a tomada de decisão, possibilitando a perfeita execução das operações das tropas. Além disso, explanar sobre os meios informatizados utilizados que ganharam seu espaço devido ao alto fluxo de dados que a era contemporânea proporciona. Hoje, as comunicações táticas ganharam com a aplicação em grandes eventos do Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS) para integração de dados e imagem; do Sistema Tático de Enlaces de Dados (SISTED) na abrangência do enlace de dados numa região; e da Rede Operacional de Defesa (ROD) estabelecendo a comunicação através do telefone Voice over IP (VOIP). A metodologia utilizada pode ser definida como a utilização do estudo exploratório sendo do tipo de revisão bibliográfica baseado em artigos científicos publicados e em manuais de doutrina militar, com a finalidade de embasar os argumentos utilizados para a defesa de opiniões evidenciadas. Ficou claro que para a atuação do comando e controle, nos grandes eventos da década passada, potencializou-se a estrutura da organização e da disciplina de como abordar missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), nos quais grandes eventos passados obrigaram o Brasil a adaptar-se rapidamente ao nível de segurança exigida. Diante desse fato, futuros terceiros sargentos deverão ter sua capacitação voltada também a forma de atuarem como agentes detentores do conhecimento fundamental das ferramentas e dos meios utilizados, a fim de garantir o sucesso da missão constitucional do Exército com a população.