Processo de destruição dos equipamentos de proteção balística na 2ª região militar : uma solução para a destinação de capacetes e coletes balísticos inservíveis armazenados no 21º depósito de suprimentos

Abstract

O Exército Brasileiro recolhe seus equipamentos de proteção balística (coletes balísticos, placas de proteção balística e capacetes balísticos) para seus Depósitos de Suprimentos e/ou Batalhões de Suprimentos ao fim do seu ciclo de vida útil de 05 (cinco) anos, para que seja feita a destinação final desses equipamentos. A prática de armazenamento desse material em específico tornou-se um desafio para as Organizações Militares (OM) que os recebem, uma vez que a política de Logística Reversa aplicada a equipamentos balísticos não ocorre ainda de maneira eficiente, tampouco há uma padronização em relação a esse assunto, tornando-se um entrave para serem armazenados, controlados e posteriormente destruídos de acordo com a legislação do Exército Brasileiro e leis ambientais brasileiras. O presente estudo tem por objetivo relatar a execução da descaracterização, destruição, reciclagem e destinação final por empresa contratada, em um Depósito de Suprimentos do Exército Brasileiro, dentro de uma política de logística reversa, e analisou seus resultados, comparando esse trabalho com práticas recorrentes em empresas civis. Além disso, foi utilizado um questionário aos Chefes dos armazéns de Suprimento Classe II, a fim de coletar informações acerca do trabalho. Com essa análise, pretendeu-se dar subsídios ao processo decisório, para que se tenha um melhor entendimento sobre a prática da logística reversa com equipamentos de proteção balística e seu desenvolvimento, prática já realizada pelo Exército Brasileiro com pneus, baterias de viaturas, entre outros, além de sugerir melhorias simples e eficazes na legislação atinente ao assunto em discussão, dando agilidade aos trabalhos conduzidos pelas diversas OM de suprimento encarregadas dessa tarefa. Foi observado que a destruição dos coletes e capacetes balísticos foi de suma importância para o 21º D Sup, porém, é preciso que, juntamente dessa atividade, seja incorporado aos contratos de aquisição um dispositivo legal que trate como obrigatória a logística reversa ao fim do seu ciclo de vida útil por parte das empresas fabricantes, desonerando o Exército Brasileiro da atividade de destruição e desfazimento dos equipamentos de proteção balística.

The Brazilian Army collects its ballistic protection equipment (ballistic vests, ballistic protection plates and ballistic helmets) for its Supply Depots and/or Supply Battalions at the end of its useful life cycle of 05 (five) years, so that it is the final destination of these equipments is made. The practice of storing this material in particular has become a challenge for the Military Organizations (OM) that receive them, since the Reverse Logistics policy applied to ballistic equipment does not yet occur efficiently, nor is there any standardization in relation to this issue, becoming an obstacle to be stored, controlled and later destroyed in accordance with the legislation of the Brazilian Army and Brazilian environmental laws. This study aims to report the execution of decharacterization, destruction, recycling and final disposal by a contracted company, in a Supply Depot of the Brazilian Army, within a reverse logistics policy, and analyzed its results, comparing this work with recurrent practices in civil companies. In addition, a questionnaire to the Heads of the Class II Supply warehouses was used in order to collect information about the work. With this analysis, it was intended to give subsidies to the decision-making process, so that we can have a better understanding of the practice of reverse logistics with ballistic protection equipment and its development, a practice already carried out by the Brazilian Army with tires, car batteries, among others , in addition to suggesting simple and effective improvements in the legislation pertaining to the subject under discussion, speeding up the work carried out by the various supply MOs in charge of this task. It was observed that the destruction of ballistic vests and helmets was of paramount importance for the 21st D Sup, however, it is necessary that, along with this activity, a legal provision must be incorporated into the acquisition contracts that treats reverse logistics as mandatory at the end of its life cycle by the manufacturing companies, releasing the Brazilian Army from the activity of destroying and dismantling ballistic protection equipment.