Análise da temperatura da pele de membros superiores e tronco em militares submetidos a marcha a pé de 12km em ambiente termoneutro

Abstract

A vestimenta (farda), influencia diretamente na termorregulação corporal, podendo causar um estresse térmico que contribuirá para uma queda de rendimento. O objetivo do trabalho é analisar as variações da temperatura que podem ocorrer nos membros superiores e tronco dos militares após uma marcha a pé, simulada, de 12km. MÉTODOS: pesquisa quase-experimental com 16 militares voluntários, idade entre 24 e 35 anos. Foi realizada análise da composição corporal com o equipamento InBody270, seguida de uma aclimatação e avaliação da temperatura da pele utilizando uma câmera infravermelha FLIR E75 pré marcha. Foram coletadas 20 regiões de interesse dos membros superiores, dos quais 10 são da porção anterior do corpo (pescoço, peitoral, abdômen, intercostais, trapézio, ombro, bíceps, cotovelo, antebraço porção interna e externa) e mais 10 da porção posterior (pescoço, dorsal, dorsal porção central, lombar, trapézio, ombro, tríceps, cotovelo, antebraço porção interior e exterior). O militar utilizando gandola de combate, 9C2 (calça e blusa camuflada, meia e coturno), fuzil, capacete balístico e mochila de combate, realizou a marcha em um ambiente termoneutro, sem interrupções e com hidratação livre. Ao fim da marcha, o militar retirava o fardamento e, apenas usando sunga, para nova avaliação das imagens pós marcha. RESULTADOS: Observou-se variações de temperatura nas partes superiores do corpo e tronco no pós marcha, porém, a região abdominal não sofreu alterações significativas no pós marcha. Não houve alteração significativa na comparação entre os lados direito e esquerdo. CONCLUSÃO: Após uma marcha de 12 km a pé, a temperatura da pele sofreu alterações significativas, tanto na parte anterior como na parte posterior. ____________________________________________________________________________ Clothing (uniform) directly influences the body thermoregulation and may cause thermal stress that will contribute to a drop in performance. The objective of the stud is to analyze the variations in temperature that can occur in the upper limbs and trunk of militaries after a simulated 12km walking. METHODS: quasi-experimental research with 16 volunteer militaries, aged between 24 and 35 years. Body composition analysis was performed with the InBody270 equipment, followed by acclimatization and skin temperature assessment using an infrared camera FLIR E75 pre-walk. Twenty regions of interest were collected from the upper limbs, of which 10 are from the anterior portion of the body (neck, pectoral, abdomen, intercostal, trapezius, shoulder, biceps, elbow, forearm, internal and external portion) and another 10 from the posterior portion (neck , dorsal, dorsal, central portion, lumbar, trapezius, shoulder, triceps, elbow, forearm, inner and outer portion). The soldier wearing a combat gondola, 9C2 (camouflaged pants and blouse, socks and combat boots), rifle, ballistic helmet and combat backpack, marched in a thermoneutral environment, without interruptions and with free hydration. At the end of the march, the military man removed his uniform and, only wearing a swimsuit, for a new evaluation of the images after the march. RESULTS: Temperature variations were observed in the upper parts of the body and trunk after walking, however, the abdominal region did not undergo significant changes after walking. There was no significant change when comparing the right and left sides. CONCLUSION: Therefore, It could be concluded that after a 12 km walk, the skin temperature underwent significant changes, both in the anterior and in the posterior part.