Os óbices do emprego das comunicações na geração da consciência situacional de uma Grande Unidade em operações

Abstract

A globalização acarretou o fenômeno do emprego dos computadores e celulares para a troca de informações entre seus usuários, por meio de softwares que utilizam a internet e as redes internas. De certa maneira, o Exército Brasileiro acompanhou esse fenômeno mundial e a utilização de computadores que fazem parte do nosso dia a dia se fez necessária também no campo de batalha. Por sua vez, as comunicações a cada dia se tornam um fator importante no combate moderno devido sua capacidade de oferecer diversas ferramentas de comando e controle, e uma consequente consciência situacional para os comandantes de grandes unidades. Ressalta-se que na guerra o sistema de comunicações rápido, seguro e fidedigno oferece ao seu decisor uma ampla vantagem de seu adversário, podendo ser um elemento decisivo. A Arma de Comunicações é a responsável pela instalação, exploração e manutenção dos meios de comunicações operacionais na preparação e no emprego dos Grandes Comandos (nível Divisão de Exército) e Grandes Unidades (nível Brigada). Os sistemas de comunicações do Exército Brasileiro estão baseados nos softwares como o C2 Combate, o Pacificador, o SPED Operacional, o Zimbra e o Expresso. Para alimentar com informações esses sistemas de gerenciamento as organizações militares de comunicações utilizam os meios rádios, meios fios, meios telefônicos, meios satelitais e meios diversos. Os equipamentos eletrônicos alcançaram uma velocidade de atualização muito rápida, dificultando que as atualizações das comunicações do Exército Brasileiro atinjam a todos os níveis devido às restrições orçamentárias impostas às Forças Armadas. Nesse sentido, a Função de Combate Comando e Controle tem enfrentado um desafio diário de oferecer aos seus comandantes uma consciência situacional no campo de batalha por meio, muitas vezes, de poucos equipamentos, materiais com poucos recursos tecnológicos, falta de militares com conhecimentos atualizados nas áreas da tecnologia da informação e comunicações e grandes restrições na aquisição de equipamentos de última geração. O Exército Brasileiro dentro da sua Concepção Estratégica para a região sul do Brasil (os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) é encabeçado pelo Comando Militar do Sul, possuindo em seu braço operacional três Divisões de Exército, conhecidas por sua preparação para o combate convencional. Por sua vez, essas Divisões de Exército possuem em sua constituição dez Grande Unidades, espalhadas em suas áreas de responsabilidade. Para apoiar as comunicações de suas Grandes Unidades conta com sete Companhias de Comunicações e três Batalhões de Comunicações distribuídos nos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná. Por diversas razões as organizações de comunicações não possuem as mesmas quantidades de equipamentos e de pessoal, acarretando uma maior ou menor limitação. Diante disso, esse estudo pretende apresentar os óbices no emprego das comunicações para a geração da consciência situacional da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (1ª Bda C Mec) para o cumprimento da sua missão. É primordial para o sucesso das operações que os comandantes das Grandes Unidades conheçam as limitações que suas organizações militares subordinadas possuem em Comando e Controle, compreendam a sensibilidade desse assunto e criem condições de minimizar esses possíveis óbices. Dessa forma, se verifica a necessidade de ampliar o conhecimento das dificuldades que estas organizações militares enfrentam no dia a dia, aproximando cada vez mais o que se quer como desempenho institucional de suas reais capacidade, facilitando o processo decisório de nossos comandantes no cumprimento da sua missão. __________________________________________________________________________________________________ RESUMEN La globalización ha provocado el fenómeno del uso de computadoras y teléfonos celulares para intercambiar información entre usuarios, por medio de software que utiliza internet y redes internas. En cierto modo, el Ejército Brasileño siguió este fenómeno mundial y el uso de computadoras que son parte de nuestra vida diaria también fue necesario en el campo de batalla. A su vez, las comunicaciones cotidianas se convierten en un factor importante en el combate moderno debido a su capacidad para proporcionar una variedad de herramientas de mando y control, y el consiguiente conocimiento de la situación para los Comandantes de Grandes Unidades. Es de destacar que en la guerra el sistema de comunicaciones rápido, seguro y confiable ofrece a quien toma las decisiones una amplia ventaja sobre su oponente, y puede ser un elemento decisivo. El Arma de Comunicaciones es responsable de la instalación, operación y mantenimiento de los medios operativos de comunicación en la preparación y uso de los Grandes Comandos (nivel de División de Ejército) y Grandes Unidades (nivel de Brigada). Los sistemas de comunicaciones del Ejército Brasileño están basados en software como el C2 Combate, el Pacificador, el SPED Operacional, el Zimbra y el Expresso. Para alimentar estos sistemas de gestión con información, las organizaciones de comunicaciones militares utilizan radio, cable, teléfono, satélite y otros medios. Los equipos electrónicos alcanzaron una velocidad de actualización muy rápida, lo que dificultó que las actualizaciones de comunicaciones del Ejército Brasileño llegaran a todos los niveles debido a las restricciones presupuestarias impuestas a las Fuerzas Armadas. En este sentido, la Función de Combate Comando y Control ha enfrentado un desafío diario para ofrecer a sus comandantes una conciencia situacional en el campo de batalla, muchas veces, a través de poco equipamiento, materiales con pocos recursos tecnológicos, falta de personal militar con conocimientos actualizados en el campo de la tecnología de la información y las comunicaciones y las principales restricciones a la adquisición de equipos de última generación. El Ejército Brasileño dentro de su Concepción Estratégica para la región sur de Brasil (los Estados de Paraná, Rio Grande do Sul y Santa Catarina) está encabezado por el Comando Militar del Sur, que tiene en su brazo operativo tres Divisiones del Ejército, conocidas por su preparación para las operaciones del combate convencionales. A su vez, estas Divisiones de Ejército tienen en su constitución diez Grandes Unidades, repartidas en sus áreas de responsabilidad. Para apoyar las comunicaciones de sus Grandes Unidades, cuenta con siete Compañías de Comunicaciones y tres Batallones de Comunicaciones distribuidos en los Estados de Rio Grande del Sur y Paraná. Por diversas razones, las organizaciones de comunicaciones no cuentan con la misma cantidad de equipo y personal de comunicaciones, lo que resulta en una limitación mayor o menor. Por tanto, este estudio pretende presentar los obstáculos en el uso de las comunicaciones para la generación de conciencia situacional de la 1ª Brigada de Caballería Mecanizada (1ª Bda C Mec) para cumplir con su misión. Es fundamental para el éxito de las operaciones que los comandantes de Grandes Unidades conozcan las limitaciones que tienen sus organizaciones militares subordinadas en Mando y Control, comprendan la sensibilidad de este asunto y creen las condiciones para minimizar estos posibles óbices. Así, se hace necesario ampliar el conocimiento de las dificultades que estas organizaciones militares enfrentan en el día a día, integrando cada vez más lo que se quiere como un desempeño institucional de sus capacidades reales, facilitando el proceso de toma de decisiones de nuestros Comandantes en el cumplimiento de sus misión.