A evolução do desempenho físico das cadetes da primeira turma de mulheres da AMAN ao longo da formação

Abstract

A participação do segmento feminino na linha combatente é, de fato, um assunto de grande importância e repercussão no âmbito das Forças Armadas. Essa participação teve seu marco inicial em 2017 e contou com o total de 40 (quarenta) vagas para mulheres, em um universo de 440 (quatrocentos e quarenta) candidatos. A carreira das armas faz jus a uma série de peculiaridades, com as quais todo militar deve se adaptar e sem as quais não é considerado apto para realizar as tarefas inerentes à profissão. Uma das características, que se mostra presente desde o ingresso até a inatividade, é o preparo físico. Apoiando-se na ideia de que o militar apresenta variações, positivas ou negativas, em seu índice de desempenho físico ao longo dos anos de serviço ativo, o presente trabalho buscou apresentar a evolução desse desempenho referente às cadetes que ingressaram na primeira turma mista da AMAN. Sendo assim, foram analisados diversos dados, os quais dizem respeito aos índices e menções dos Testes de Aptidão Física realizados, tanto na AMAN, quanto na EsPCEx, além de medidas antropométricas e outros dados recolhidos por estas instituições e por trabalho de campo realizado no presente ano. Apesar de apresentados individualmente, os resultados foram compilados e analisados de maneira geral, produzindo uma visão ampla da evolução física das cadetes ao longo dos anos de formação. No aspecto do desenvolvimento físico relacionado aos índices e menções, foram considerados os resultados alcançados nas três disciplinas de Treinamento Físico Militar, as quais foram abordadas ao longo do trabalho. Para fins de análise, foi estabelecido que a cadete que obtivesse melhora em três ou mais avaliações, esta teria evoluído fisicamente. Sob essa ótica, pôde-se afirmar que houve uma melhora significativa por parte da maioria das cadetes, chegando-se à conclusão de que 23 (vinte e três) cadetes, equivalente a 88,46%, conseguiram melhorar seu desempenho físico. No entanto, no aspecto do desempenho relacionado às medidas antropométricas, o resultado apresentou uma maior variação. Ao analisar os dados levantados, pôde-se inferir que 7,7% das cadetes melhoraram seu Índice de Massa Corporal, enquanto que 3,8% pioraram e 88,5% das cadetes o mantiveram. Já da análise do Índice de Gordura Corporal, pôde-se afirmar que 3,8% das cadetes obtiveram melhora, enquanto que 34,6% pioraram e 61,5% das cadetes mantiveram a mesma situação nos dois anos. Dessa forma, o presente trabalho buscou representar, de maneira geral, a evolução física das cadetes, analisando não só os resultados obtidos em testes, como também as medidas antropométricas aferidas nos dois anos em questão. ________________________________________________________________________________ The participation of the female segment in the combatant line is, in fact, a subject of great importance and repercussion within the scope of the Armed Forces. This participation had its initial milestone in 2017 and had a total of 40 (forty) places for women, in a universe of 440 (four hundred and forty) candidates. The career of arms lives up to a series of peculiarities, such as which every military must adapt and without which he is not considered apt to perform as tasks inherent to the profession. One of the characteristics, which is present from admission to inactivity, is physical fitness. Based on the idea that the military has variations, whether positive or negative, in its index of physical performance over the years of the active service, the present work sought to present an evolution of this performance referring to the cadets who entered the first AMAN class. Therefore, several data were analyzed, which refer to the indexes and mentions of the Physical Fitness Tests carried out, both at AMAN, and at EsPCEx, in addition to anthropometric measurements and other data collected by these intitutions and by field work carried out this year. Although presented individually, the results were compiled and increased in general, producing a broad view of the cadets’ physical evolution over the formative years. In the aspect of physical development related to indexes and mentions, the results achieved in the three disciplines of Military Physical Training were considered, which were addressed throughout the work. For analysis purposes, it was established that the cadet that obtained improvement in three or more evaluations, this would have evolved physically. From this perspective, it could be said that there was a significant improvement on the part of most cadets, reaching the conclusion that 23 (twenty-three) cadets, equivalent to 88.46%, managed to improve their physical performance. However, in terms of performance related to anthropometric measurements, the result showed a greater variation. When analyzing the data collected, it was possible to infer that 7.7% of the cadets improved their Body Mass Index, while 3.8% worsened and 88.5% of the cadets maintained it. From the analysis of the Body Fat Index, it could be said that 3.8% of the cadets improved, while 34.6% worsened and 61.5% of the cadets maintained the same situation in the two years. Thus, the present work sought to represent, in general, the physical evolution of the cadets, analyzing not only the results obtained in tests, but also the anthropometric measurements measured in the two years in question.