Descrever e propor atualizações nas táticas, técnicas e procedimentos de primeiros socorros, com base no atendimento pré-hospitalar (APH) tático, visando o preparo e emprego das OM operacionais, nas operações de combate urbano contemporâneas

Abstract

A guerra no meio do povo, não é uma mudança no ambiente operacional, tendo em vista que ao longo da Segunda Guerra Mundial diversos confrontos ocorreram em ambiente urbano, não apenas em Stalingrado (talvez, o maior dos exemplos da época), mas cidades foram destruídas na França, na Alemanha e em outros países. O que mudou foi a atitude da tropa, a opinião pública quanto a perda de vidas inocentes, a velocidade da transmissão da informação. E isso fez com que o ambiente, embora seja o mesmo, tenha criado diversas características e possibilidades, como o apoio de saúde em hospitais civis, instalações médicas próximas ao ambiente conflagrado, conflito de baixa intensidade e bastante prolongado. Por sua vez, a tropa deve se adaptar ao que encontra a sua volta, além de ser fundamental que se busque o controle da narrativa e o domínio da opinião pública em meio a essa assimetria reversa que encontramos. Nesse contexto, perder um homem em combate não só abate o moral da tropa, como é empregada como meio de propaganda da força adversa, diminui a credibilidade do Exército perante a sociedade e passa a sensação de insegurança para o combatente na linha de frente. Visando aferir o atual momento das instruções de Primeiros Socorros em Combate esse estudo foi realizado, fazendo uma avaliação das possibilidades das tropas empregadas em Operações de Coordenação e Cooperação com Agências, no que diz respeito a Atendimento Pré-Hospitalar Básico. O objetivo desse estudo foi direcionado para as operações em área urbana, em especial na cidade do Rio de Janeiro, local onde o Exército Brasileiro tem realizado inúmeras ações ao longo de quase 30 anos, de modo quase contínuo. Esse estudo e as pesquisas bibliográficas foram compostos em sua maioria de materiais estrangeiros, pois o assunto é bastante novo no Brasil, ainda que o Exército esteja desenvolvendo tal doutrina e até um curso de formação para militares atuarem nessa área.