A utilização do cão de guerra no rastreamento antipessoal nos batalhões de infantaria de selva : possibilidades e limitações

Abstract

Por ocasião de intercâmbio de militares do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGSBRASIL) com a Divisão de Operações na Selva do Reino Unido, localizado em Brunei Darussalam, ocorrida em novembro de 2017, verificou-se que aquela Escola possui uma Seção de Cães Rastreadores. Os cães utilizados pelo exército Britânico possuem a capacidade de detectar odor de pessoas no interior da selva, e realizar uma busca de pessoas em um raio entre 2 a 4 km, seja em um contexto tático (fuga, perseguição, etc) ou em uma situação de resgate. No Curso de Operações na Selva são ensinados aos alunos técnicas de rastreamento de pessoal sem emprego de cães. O Exército Brasileiro possui Seções de Cães de Guerra nas unidades de Polícia do Exército, sendo que esses animais são empregados basicamente para ataques /captura de APOP em Operações de Garantia da Lei e da Ordem, e para farejar explosivos e/ou entorpecentes. Em face da experiência do Exército Britânico que está constantemente em combate, e que possui escola especializada de operações na selva, verificou-se a necessidade de realizar estudos para aferir a viabilidade e eficiência do emprego de cães farejadores já existentes em Organizações Militares de Polícia do Exército (OMPE) para rastreamento de pessoal em operações na selva. Para isso sugere-se o adestramento e utilização dos animais para rastreamento de pessoal, podendo ser empregados para encontrar e perseguir um inimigo em fuga, e/ou encontrar civis perdidos no interior da selva.