A importância da presença de uma tropa de cavalaria blindada sediada na Amazônia setentrional brasileira como instrumento dissuasório

Abstract

O presente artigo tem por objetivo discutir a importância de ser ter no extremo norte da Amazônia uma tropa de cavalaria blindada pronta para a defesa dessa região estratégica. Partindo dos princípios doutrinários já existentes, sugere-se que a presença de tropas dessa natureza no cenário citado pode estar de acordo com a concepção adotada pelo EB, a qual preconiza que a Força Terrestre deve ser organizada, preparada e estruturada com base em capacidades, a partir dos fatores determinantes: Doutrina, Organização (e/ou processos), Adestramento, Material, Educação, Pessoal e Infraestrutura (DOAMEPI), com vistas ao emprego no Amplo Espectro dos Conflitos. Foram utilizadas como fontes de pesquisa documentos produzidos pelo governo, manuais militares, obras de autoria de especialistas militares e civis, matérias jornalísticas nacionais, além de entrevistas e questionários que contaram com a participação de militares especialistas e conhecedores da região do lavrado de Roraima-RR. Como metodologia optou-se por verificar a viabilidade de emprego de CC na área de estudo através de uma análise do terreno, onde foram levantados os aspectos fisiográficos da área. E num segundo momento, a fim de verificar o porquê empregar uma tropa blindada na região, foram levantadas algumas possibilidades dos países fronteiriços no campo militar, com uma abordagem histórica de conflitos na região, e atual crise política e econômica que ocorre na Venezuela. Concluiu-se que o emprego de tropas blindadas no terreno em questão é altamente viável, sob a ótica da Doutrina Militar Terrestre, e recomendado face a Estratégia de Defesa Nacional, por se tratar de uma área do país de alto valor estratégico. Porém, a fim de complementar e ratificar o estudo apresentado, sugere-se um novo estudo acerca da viabilidade logística de se ter uma tropa dessa envergadura na região.