Guerra de independência na Bahia (1822-1823) : bicentenário do conflito que concretizou a emancipação política do país e marcou o início da formação do exército (imperial) brasileiro

Abstract

Em fevereiro de 1821, cerca de um ano e meio antes da proclamação de independência do Brasil, a Bahia começava a viver momentos de tensão relacionados à opressão portuguesa destinada a dificultar as tentativas de emancipação política do país. A ascensão do general lusitano Madeira de Melo, alçado ao cargo de governador das armas daquela província para fazer frente às distensões políticas e sociais que insurgiam em Salvador, desagradou aos soteropolitanos e desencadeou uma série de abusos e violências por parte dos portugueses. A única saída dos baianos era organizar um exército de voluntários e reagirem à altura. Em 1822, composto por gente de toda natureza, inclusive por escravos, nasce o Exército Pacificador, embrião do Exército (Imperial) Brasileiro, com a missão de expulsar as tropas lusitanas da Bahia. Passados quase 200 anos dos conflitos ocorridos naquela província, esse trabalho procurou compreender em qual medida os combates pela independência na Bahia concretizaram a emancipação política do Brasil e de qual modo influenciou na formação do Exército (Imperial) Brasileiro. Com o intuito de atingir as metas estabelecidas, esse estudo foi desenvolvido, entre setembro de 2019 e setembro de 2020, por meio de uma acurada pesquisa bibliográfica, e em fontes primárias, utilizando a metodologia da pesquisa exploratória-qualitativa. Para atingir os objetivos específicos, foram consultadas fontes brasileira e internacionais, tanto no meio acadêmico militar, quanto civil, tendo tida a colaboração de renomados historiadores militares nacionais e estrangeiro. Por fim, no intuito de estabelecer um produto final coerente e concreto com o resultado desta pesquisa, foi confeccionado um quadro relacionando os combates da Bahia, entre 1822 e 1823, com os atuais princípios de guerra utilizados pela Doutrina Militar Terrestre do Exército Brasileiro.