A preparação psicológica para o combate : uma análise das operações nas comunidades do Rio de Janeiro

Abstract

O combate pouco se alterou ao longo dos anos no que tange ao emprego das armas. Contudo, houve um incremento de aspectos externos que, atualmente, são inerentes a praticamente todos eles. Considerações que outrora tinham pouca importância, como aspectos jurídicos e considerações civis, hoje são, além de tudo, fatores estressores que, quando somados aos da natureza do combate, exigem sobremaneira o psicológico dos militares. Exige-se cada vez mais um preparo específico e efetivo da parte psicológica. Não se pode mais negligenciar a preparação de um aspecto sem o qual, pouco importa a qualidade de armamento que o soldado empunha. Existem diversas formas de se desenvolver uma resiliência mental nos combatentes. No entanto, é necessário desenvolver, inicialmente, a mentalidade do interesse e do desenvolvimento dessa capacidade. O aspecto psicológico, durante um combate, é tão importante quanto as habilidades técnicas e táticas. No Exército, em razão das poucas oportunidades de emprego em combate e pelo tempo em que se fizeram presentes da realidade do país, todas as oportunidades de emprego real podem se tornar alvos de estudo, de maneira a desenvolver e multiplicar os conhecimentos. Este trabalho surge como uma proposta para aumentar os conhecimentos sobre o assunto e propor algumas formas de preparo, levando-se em consideração o fato de que ainda necessitam de estudos mais aprofundados sobre a efetividade de cada um deles. Buscou-se o apoio nas experiências obtidas pelos militares empregados em operações nas comunidades do Rio de Janeiro e ainda em pessoal da área de psicologia com experiência no assunto, principalmente ligados a neurociência.