A proficiência linguística exigida a Militares do EB como requisito para missões no exterior

Abstract

O presente trabalho faz parte de uma linha de pesquisa que trata da importância do domínio de línguas estrangeiras, no âmbito do Exército Brasileiro, na medida em que exigido como requisito para a designação de militares a missões no exterior. Pretende-se inicialmente, por meio de uma revisão bibliográfica, compreender: o conceito de proficiência linguística e as quatro habilidades que a englobam(ouvir, falar, ler e escrever); como ela pode ser mensurada por níveis, de acordo com Exército Brasileiro, o QCER (Quadro Comum de Referência para o Ensino de Idiomas) e o STANAG 6001 (Standardization Agreement 6001) que é adotado pela OTAN; o conceito de Universo Inicial de Seleção (UIS), realizado a cargo do Gabinete do Comandante do Exército, para missões no exterior; e os diferentes tipos de missões no exterior, destacando-se que apresentam durações e características diferentes. A partir disso, por meio de uma pesquisa com militares do Exército Brasileiro, que já tenham participado de missões no exterior, busca-se verificar se o nível de Proficiência Linguística mínimo, que lhes fora exigido para compor o UIS, satisfez realmente às necessidades de comunicação que enfrentaram durante a estada em outro país, e se os ajudou a cumprir com êxito a missão para a qual foram designados. Estes militares responderão a um questionário aberto e as respostas serão analisadas. Com isto, almeja-se verificar se a proficiência linguística apresentada pelos militares, obtida mediante Exames de Proficiência e posterior cadastramento nas suas fichas individuais, é compatível com o conhecimento linguístico exigido para a missão no exterior.

Abstract. This work is part of a line of research that deals with the importance of mastering foreign languages, within the scope of the Brazilian Army, insofar as a requirement for the assignment of military personnel to missions abroad. It is intended initially, through a bibliographic review, to understand: the concept of linguistic proficiency and the four skills that encompass it (listening, speaking, reading and writing); how it can be measured by levels, according to the Brazilian Army, the QCER (Common Framework of Reference for Language Teaching) and the STANAG 6001 (Standardization Agreement 6001) which is adopted by NATO; the concept of Initial Selection Universe (UIS), carried out by the Army Commander’s Office, for missions abroad; and the different types of missions abroad, highlighting that they have different durations and characteristics. From this, through a survey with Brazilian Army military personnel, who have already participated in missions abroad, seeks to verify whether the minimum level of Language Proficiency, which had been required to compose the UIS, really satisfied the communication needs they faced while staying in another country, and whether it they helped them to successfully fulfill the mission for which they were assigned. These military personnel will answer an open questionnaire and the responses will be analyzed. The objective is to verify if the linguistic proficiency presented by the military, obtained through Proficiency Exams and later registration in their individual files, is compatible with the linguistic knowledge required for the mission abroad.