O emprego do simulador de tiro de armas leves (STAL) na formação do futuro oficial combatente do Exército Brasileiro

Abstract

O simulador de tiro é uma ferramenta de ensino e de treinamento que vem tomando vulto nas Forças Armadas de diversos países ao redor do globo. Esse dispositivo consiste em uma das evoluções tecnológicas do Exército Brasileiro para a chamada Era do Conhecimento, caracterizada, diante das mudanças históricas, políticas e sociais do mundo, por novas complexidades,exigências e desafios acerca da preparação e do emprego das Forças Terrestres. De modo pontual, os simuladores têm como objetivos o aprimoramento técnico e a melhora do desempenho do militar na execução do tiro real. Apoiando-se nos critérios da segurança, da flexibilidade e do baixo custo, aliados à sua possível e eficaz contribuição para a Força Terrestre, as Diretrizes dos Comandantes do Exército 2011-2014 e 2017-2018 defendem que o Exército Brasileiro invista em simuladores de tiro e que seus exercícios de simulação sejam priorizados. Embora, contudo, nos últimos anos o assunto tenha sido adicionado nos manuais atualizados do EB que regulam a instrução de tiro, não fora estabelecida nenhuma padronização sobre sua utilização, e sim somente um alerta de que seu uso, sempre que possível, deveria preceder o tiro real. Em 2005, iniciou-se, no Brasil, a pesquisa e o desenvolvimento dessa tecnologia, e em 2008, a oficialização do projeto no Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro. Esse projeto visa a aumentar a frequência de contato com que o militar realiza atividades de tiro e a reduzir algumas características negativas da instrução de tiro real. Dentre os benefícios da utilização do Simulador de Tiro de Armas Leves (STAL), pode-se citar a redução dos custos com munições, a diminuição do desgaste do meio ambiente, a redução da quantidade de acidentes e, consequentemente, de mortes por acidentes, tornando, assim, quase nulo o risco da instrução de tiro utilizando o STAL, e, ainda, a diminuição do efetivo de instrutores necessários para a realização da instrução. Dados, pois, os fatos apresentados acima, surge a discussão sobre a implementação e utilização dessa tecnologia na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), bem como sobre todos os benefícios que ela poderá propiciar para a instrução de tiro nessa Instituição Militar. ________________________________________________________________________________ The shooting simulator is a teaching and training tool that has been taking shape in the Armed Forces of several countries around the globe. This device consists of one of the technological developments of the Brazilian Army for the so-called Knowledge Era, characterized, in the face of historical, political and social changes in the world, by new complexities, demands and challenges regarding the preparation and use of the Land Forces. In a punctual way, the simulators have as objectives the technical improvement and the improvement of the military's performance in the execution of the real shot. Supporting the criteria of safety, flexibility and low cost, coupled with its possible and effective contribution to the Land Force, the Guidelines of Army Commanders 2011-2014 and 2017-2018 defend that the Brazilian Army invest in shooting simulators and that your simulation exercises are prioritized. Although, however, in recent years the subject has been added to the updated EB manuals that regulate shooting instructions, no standardization has been established on its use, but only a warning that its use, whenever possible, should precede the real shot. In 2005, research and development of this technology began in Brazil, and in 2008, the project became official at the Department of Science and Technology (DCT) of the Brazilian Army. This project aims to increase the frequency of contact with which the military carries out shooting activities and to reduce some negative characteristics of the actual shooting instruction. Among the benefits of using the Light Weapons Shooting Simulator (STAL), one can mention the reduction in ammunition costs, the reduction of wear and tear on the environment, the reduction in the number of accidents and, consequently, deaths from accidents, thus making the risk of shooting instruction using the STAL almost zero, and also reducing the number of instructors needed to carry out the instruction. Therefore, given the facts presented above, there is a discussion about the implementation and use of this technology at the Military Academy of Agulhas Negras (AMAN), as well as about all the benefits that it can provide for shooting instruction at this Military Institution.