A FRONTEIRA OESTE DO BRASIL: participação do Exército Brasileiro no desenvolvimento econômico e na integração nacional

Abstract

Este trabalho analisa a fronteira oeste do Brasil, destacando a participação do Exército Brasileiro no desenvolvimento econômico e na integração nacional. Tal abordagem se justifica em razão da grande extensão da fronteira brasileira, além da baixa densidade demográfica na região, configurando-se, assim, como um grande desafio para o desenvolvimento econômico e a integração dessa porção do território aos demais centros do país, e ainda a manutenção da soberania nacional, em razão das dificuldades para fiscalização e defesa dessa parte da fronteira brasileira. O objetivo deste trabalho é analisar os principais fatos históricos e os acontecimentos atuais ocorridos no Brasil que marcam a participação do Exército Brasileiro no desenvolvimento econômico e na integração nacional, destacando o fortalecimento da fronteira oeste do país. Este propósito será alcançado mediante revisão bibliográfica, buscando-se dados por meio de coleta documental, sobretudo de autores consagrados por obras nacionalmente conhecidas e autores da região, conhecedores in loco da história do desenvolvimento da fronteira oeste brasileira. A análise realizada demonstrou que a Força Terrestre esteve presente desde os primeiros contingentes populacionais que ocuparam a região oeste do Brasil, inicialmente em 1748, com a criação da Capitania de Mato Grosso, quando para governá-la foi nomeado Antônio Rolim de Moura Tavares, acompanhado de reduzido efetivo militar da Companhia de Dragões. Ao longo dos anos, outros fatos históricos analisados comprovam a assertiva, tais como a construção, ao longo do século XVIII, de fortificações militares na fronteira com a Bolívia; a permanência na região, após o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, de parte do efetivo militar que combateu naquela contenda; os trabalhos da Comissão Rondon, iniciada em 1900, liderada pelo engenheiro militar Cândido Mariano da Silva Rondon, que colaborou com a integração da região oeste ao restante do país por meio da construção da rede telegráfica; e o recrudescimento da presença do Exército Brasileiro na região, a partir de 1930, em razão das politicas públicas desencadeadas, sobretudo, no governo de Getúlio Vargas e nos Governos Militares, culminando com a implementação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), a partir de 2013.

RESUMEN Este artículo analiza la frontera occidental de Brasil, destacando la participación del Ejército Brasileño en el desarrollo económico y la integración nacional. Tal enfoque se justifica debido a la gran extensión de la frontera brasileña, así como a la baja densidad demográfica en la región, lo que constituye un desafío importante para el desarrollo económico y la integración de esta porción del territorio con los otros centros del país y además el mantenimiento de la soberanía nacional, debido a las dificultades para controlar y defender esta parte de la frontera brasileña. El objetivo de este trabajo es analizar los principales hechos históricos y eventos actuales en Brasil que marcan la participación del Ejército Brasileño en el desarrollo económico y la integración nacional, destacando el fortalecimiento de la frontera occidental del país. Este propósito se logrará después de la revisión de la literatura, buscando datos a través de la recopilación de documentales, especialmente de autores reconocidos por obras conocidas a nivel nacional y autores de la región, conociendo in loco la historia del desarrollo de la frontera occidental de Brasil. El análisis mostró que el Ejército Brasileño estuvo presente desde los primeros contingentes de población que ocuparon la región occidental de Brasil, inicialmente en 1748, con la creación de la Capitanía de Mato Grosso, cuando para gobernar fue designado Antonio Rolim de Moura Tavares, acompañado por una fuerza militar reducida de la Compañía Dragón. Con los años, otros hechos históricos analizados prueban la afirmación, como la construcción, durante el siglo XVIII, de fortificaciones militares en la frontera con Bolivia; la permanencia en la región, después del final de la Guerra de Paraguay, en 1870, de parte de la fuerza militar que luchó en esa disputa; la labor de la Comisión Rondon, iniciada en 1900, dirigida por el ingeniero militar Cândido Mariano da Silva Rondon, quien ayudó a integrar la región occidental con el resto del país mediante la construcción de la red telegráfica; y el crecimiento de la presencia del Ejército Brasileño en la región a partir de 1930, debido a políticas públicas activadas, sobre todo, por el gobierno Getúlio Vargas y los gobiernos militares, que culminaron en la implementación del Sistema Integrado de Monitoreo Fronterizo (SISFRON), desde 2013.