Apresentar o surgimento da engenharia de combate a partir da necessidade de seus trabalhos durante a guerra da tríplice aliança

Abstract

A Engenharia brasileira tem sua origem em Portugal, no Real Corpo de Engenheiros. Com o advento da Independência em 7 de setembro de 1822, o então Império do Brasil, reformulou suas forças armadas e em consequência, foi criado o Imperial Corpo de Engenheiros. Com os conflitos no prata, especialmente na Cisplatina, em que as forças brasileiras sofreram devido as péssimas condições de trânsito encontradas na Banda Oriental do Prata, verificou-se a necessidade de uma tropa especializada para planejar e prover a mobilidade do Exército. Em consequência direta da Guerra contras Rosas, foi decidido, em 1855, pela criação de um Batalhão de Engenheiros que tinha por missão o desenvolvimento de doutrinas que inserissem os conhecimentos técnicos em ações de combate no campo de batalha. A Engenharia no Exército, até este momento, se configurava em uma Engenharia de paz, atuando com relevância em construções pelo território nacional, não tendo aptidão para a guerra. Apesar de ter se iniciado o desenvolvimento de uma doutrina combatente por parte do Batalhão de Engenheiros, esta não estava em condições de ser empregada quando a Guerra da Tríplice Aliança foi declarada. A partir dos desafios inéditos e em decorrência das experiências colhidas durante a duração do conflito, foi-se formando a quarta Arma. Neste trabalho serão abordados a criação e os desafios que a Engenharia, e em especial o Batalhão de Engenheiros, enfrentaram e tiveram de solucionar com formidável engenho técnico e garra combatente. Serão apresentadas no decorrer deste trabalho a atuação pouco conhecida da gloriosa Engenharia na Guerra da Tríplice Aliança, hoje Arma consagrada em nosso Exército. _____________________________________________________________________________ Brazilian engineering has its origin in Portugal, in the Royal Corps of Engineers. With the advent of Independence on September 7, 1822, the then Empire of Brazil reformed its armed forces and, as a result, the Imperial Corps of Engineers was created. With the conflicts in the silver, especially in Cisplatina, in which Brazilian forces suffered due to the terrible traffic conditions found in the Banda Oriental do Prata, there was a need for a specialized troop to plan and provide the mobility of the Army. As a direct consequence of the War against Rosas, it was decided, in 1855, to create a Battalion of Engineers whose mission was to develop doctrines that would insert technical knowledge into combat actions on the battlefield. Engineering in the Army, until this moment, was configured in a Peace Engineering, acting with relevance in constructions throughout the national territory, not having aptitude for war. Although the battalion of engineers began to develop a combat doctrine, it was not in a position to be used when the War of the Triple Alliance was declared. From the unprecedented challenges and as a result of the experiences gathered during the duration of the conflict, the fourth weapon was formed. In this work, the creation and challenges that Engineering, and especially the Battalion of Engineers, faced and had to be solved with formidable technical ingenuity and fighting force will be addressed. In the course of this work, the little-known performance of the glorious Engineering in the War of the Triple Alliance, now a consecrated weapon in our Army, will be presented.