Prevenção dos principais traumas oculares em combate

Abstract

O apoio da saúde, na zona de combate, constitui-se em um grande desafio, pois se trata de um ambiente hostil e que, apesar do controle, na medida do possível do combate em si, é passível de inúmeros acidentes para o combatente, incluindo o traumatismo ocular. Esse trabalho tem por objetivo, tornar evidente a necessidade de se tomar medidas de prevenção dos principais traumas oculares em ambientes não controlados, que são as zonas de combate; de modo a dirimir agravos financeiros e de contingente para as Forças Armadas (FA), em especial o Exército Brasileiro (EB), visto que, sabidamente, o gasto com o atendimento secundário em saúde é bem maior que o primário. Foram utilizados, como fontes de pesquisa, artigos especializados em Medicina Militar, publicados no PubMed e no Google Acadêmico. Além de se utilizar, como forma de embasamento, livros com os temas envolvendo os assuntos de Prevenção de traumas oculares, Atendimento aos Principais Traumas Oculares e Compêndios sobre as doenças oftalmológicas. Durante uma batalha, ou seja, em ambiente não controlado, os principais mecanismos possíveis de lesão ocular são causados basicamente pela fragmentação da explosão provocada por munições (projetis pequenos). Isto pôde ser comprovado após análises e conclusões de duas operações militares: Operação escudo do Deserto e Operação Liberdade Iraquiana. O profissional de saúde que compõe o corpo de tropa para ações em campanha deve ter em mente, não somente os conceitos sobre os mecanismos de trauma ou mesmo as técnicas empregadas para as diversas formas de tratamento, é preciso compreender a realidade de um ambiente hostil de combate. O cuidado ocular nesses locais exige do componente do corpo de saúde preceitos inovadores, de imprevisibilidade e de flexibilidade; o que muitos dos profissionais não aprendem em ambientes controlados (como nos hospitais e centros formadores de especialistas comuns)._____________________________________________________________ABSTRACT The health support, in acombat zone, constitutes in a major challenge, as it is a hostile environment and, despite the control, as far as possible of the combat itself, is liable to numerous accidents for the combatant, including eye trauma. This work aims to make evident the need to take measures to prevent majoreye traumasin uncontrolled environments, which are the combat zones; so as to settle financial and contingent grievances for the Armed Forces (FA), especially the Brazilian Army (BA), since it is known that the expenseson secondary health care,is much higher thantheprimary. Wereused as research sources,articles specialized in Military Medicine, published in PubMed and Google Scholar. In addition, usingas a basis, books with themes involving the topics of:Eye traumas prevention, Attendance to main eye traumas and Compendia on eye diseases. During a battle, that is, in an uncontrolled environment, the main possible mechanisms of eye injury are basically caused by the fragmentation onthe explosion caused by ammunition (small projectiles). This can be proved after analysis and conclusions of two military operations: Desert Shield Operation and Operation Iraqi Freedom. The healthcare professionalthat composesthe troopcorpsfor campaigningactionsshould havein mind, not only thetrauma mechanismsconceptsor even the techniques employed for the various forms of treatment, it is necessary to understand the reality of a hostilecombatenvironment.The eye care,in these places,demands from the health corpsinnovativeprecepts of unpredictability and flexibility; something thatmany professionals do not learn in controlled environments (such as in hospitals and ordinary specialists training centers).