Evolução dos tratamentos ortopédicos durante as guerras mundiais

Abstract

A Evolução é um processo natural da humanidade, oportunamente, sempre existe um gatilho desencadeador desse processo. A área médica especificamente, viu através dos conflitos o gatilho para seu desenvolvimento. Segundo Karam e Lopes (2005), foi a partir da necessidade de se corrigir deformidades e transtornos ósseos e musculares surgiu a ortopedia. Ramo da medicina milenar voltada para o tratamento das doenças osteomusculares e que encontrou nos grandes confrontos, como a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, o impulso necessário para um salto no desenvolvimento e aperfeiçoamento de técnicas de tratamento. Este estudo tem por objetivo fazer uma revisão nas mais diversas fontes literárias para mostrar as evoluções ortopédicas durante as grandes guerras, comparar as formas de tratamento antes e após as guerras e destacar quais tratamentos descobertos ou melhoras continuam a ser utilizados até os dias atuais. O conflito armado impulsionou o desenvolvimento de novos métodos de procedimento na área da medicina a partir da guerra. Durante o conflito armado, o sangramento agudo e intenso dos soldados resultante dos ferimentos de batalha era, na maioria das vezes, fatal. Esse cenário repetiu-se incontáveis vezes ao longo dos séculos. Entretanto, a humanidade não chegou ao século XXI deixando-se levar pelo conformismo e pela passividade, enfrentou-se e superou-se todos os desafios e perigos que ameaçaram a sobrevivência de sua espécie. O desenvolvimento de técnicas de transfusão possibilitaram procedimentos cirúrgicos cada vez maiores e mais complexos. A antibioticoterapia tornou-se um ferrenho aliado contra as infecções e continua a ser utilizada em larga escala no mundo todo. As Técnicas de artroscopia e cirurgia minimamaente invasivas tornaram-se o padrão ouro quando se fala em reabilitação e redução de complicações cirúrgicas. A artroplastia total do quadril é comumente utilizada em pacientes com osteoartrose grave, possibilitando retorno as atividades laborais, antes impossíveis. A osteossíntese intramedular continua a ser usada mundialmente, principalmente nas fraturas de ossos longos.________________________________________________________________________________ABSTRACT Evolution is a natural process of humanity, opportunely, there is always a trigger that triggers this process. The medical field specifically saw through conflict the trigger for its development. According to Karam and Lopes (2005), it was from the need to correct deformities and bone and muscular disorders that the orthopedics emerged. A branch of millennial medicine dedicated to the treatment of musculoskeletal diseases and which has found in the great confrontations, such as the First and Second World Wars, the necessary impetus for a leap in development and improvement of treatment techniques. This study aims to review the most diverse literary sources to show the orthopedic evolutions during the great wars, to compare the forms of treatment before and after the wars, and to highlight which treatments or improvements are still being used to this day. Armed conflict has boosted the development of new methods of procedure in the medical field since the war. During the armed conflict, the acute and severe bleeding of soldiers resulting from battle wounds was, for the most part, fatal. This scenario has been repeated countless times over the centuries. However, humankind did not reach the twenty-first century by letting itself be led by conformism and passivity, faced and overcome all the challenges and dangers that threatened the survival of its species. The development of transfusion techniques has made surgical procedures increasingly large and complex. Antibiotic therapy has become a staunch ally against infections and continues to be used on a large scale throughout the world. Invasive minimally invasive arthroscopy and surgery techniques have become the gold standard when it comes to rehabilitation and reduction of surgical complications. Total hip arthroplasty is commonly used in patients with severe osteoarthrosis, allowing return to work activities, previously impossible. Intramedullary osteosmosis continues to be used worldwide, especially in long bone fractures.