Impactos das limitações da atual gestão de pessoal do Exército Brasileiro na operacionalidade da tropa e as possíveis soluções

Abstract

Nas últimas décadas o Exército Brasileiro não sofreu alteração no quantitativo de pessoal, ao passo que vem sofrendo um grande enxugamento dos efetivos nas tropas operacionais, em virtude da criação de inúmeras estruturas organizacionais e funções administrativas adequadas a evolução dos conflitos modernos. Esse enxugamento das tropas estaria comprometendo as capacidades constantes na Estratégia Nacional de Defesa? Que soluções poderiam vingar na racionalização/transformação do Exército a fim de reverter esse processo de falta de efetivos na tropa, diante de um orçamento limitado e dos desafios da guerra de 4ª e 5ª geração? Objetivamos investigar e analisar a falta de efetivos e buscar soluções que mitiguem seus impactos na capacidade operacional, preparo e prontidão. Realizamos uma análise qualitativa de dados, a partir de pesquisa bibliográfica e da realização de entrevistas junto a especialistas com mais de 14 anos de vivência na instituição. A pesquisa demonstrou que a gestão de pessoal está vitrificada, em grande parte, pela constante inflação estrutural sofrida pelo Exército nas ultimas décas, necessitando de uma impetuosa redução estrutural no número de brigadas. A análise sugeriu que uma redução de 3 brigadas estaria compatível com os ganhos almejados, o aumento da prontidão, do nível de adestranto e de capacidades pretendidos, bem como permite o manejo de pessoal e recursos necessário a alguma nova estrutura em estudo pelo Estado Maior do Exército.