Independência ou morte : uma análise de como se formou a força armada necessária para a conquista de um Brasil independente

Abstract

A força terrestre brasileira tem, no berço português, a sua origem. Características, armamentos, uniformes e organização são heranças que ficaram arraigadas em sua história e contribuíram para a sua evolução. No entanto, o Exército Brasileiro, como conhecemos hoje, teve, nas suas origens, uma estruturação de certa forma feita às pressas. Após declarado o intuito brasileiro de se desvencilhar dos laços com Lisboa e estando o Brasil ocupado com diversas unidades do Exército Português, o recém-criado Império precisou organizar uma força armada capaz de confrontar o poder militar lusitano e consolidar a independência. Porém, a situação não era das melhores, em 1822, o Brasil encontrava-se com seus cofres públicos vazios, a sociedade ideologicamente dividida e suas forças armadas modestas e primitivas. Algo deveria ser feito. E rápido! Sendo assim, as principais medidas adotadas pelo Imperador D. Pedro I foram o aliciamento de oficiais portugueses, a contratação de mercenários estrangeiros e a intensificação das diversas formas de recrutamento da época. A transformação do Brasil colônia em uma nação independente custou o sangue de muitos brasileiros e defensores dos interesses da nação. O grito do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, apenas oficializou o processo de construção do grande quebra-cabeça brasileiro, um processo incerto, árduo e longo.