Um estudo acerca da relação entre a defesa cibernética e a função de combate logística

Abstract

Nas operações militares, apesar de o ambiente cibernético promover inúmeros benefícios para a melhoria da logística, também pode ser considerado como um cenário que traz vulnerabilidades, sendo fundamental uma atuação voltada para a proteção desses dados. Assim sendo, este estudo tem como objetivo geral analisar a possibilidade de integração das ações de defesa cibernética com a logística empregada em operações militares, com fins de proteção da informação e dos dados logísticos. Como metodologia, foram empregadas as pesquisas bibliográfica e documental. Ao final do estudo, foi possível verificar que o apoio logístico envolve todos os níveis de logística militar no amplo espectro e no ambiente interagências, gerando a necessidade de integração com outros Órgãos, pressupondo apoio logístico contínuo e tempestivo, bem como enaltecendo a garantia de segurança dos ciberdados logísticos, pois o seu vazamento pode comprometer totalmente uma operação militar. Restou demonstrado que a guerra cibernética corresponde ao uso ofensivo de informações para explorar e degradar o adversário em uma operação militar. Para mitigar os riscos dessa problemática, verificou-se que o Exército Brasileiro conta com a proteção dos sistemas de informação e de defesa cibernética, que inclui uma defesa ativa e profunda dos sistemas de informação e da capacidade de gerenciamento de crises cibernéticas, negando, assim, o acesso às estruturas das tropas, direcionando-se por um meio de informação ou de uma mensagem em si. Salienta-se que, para que as ações de guerra cibernética possam assegurar a logística nas operações militares, exige-se coordenação central e interlocutores bem identificados, tendo em vista a necessidade de definição de uma organização única e centralizada, responsável pela direção geral do campo e pela gestão operacional da defesa dos sistemas de informação sob a autoridade competente.