O emprego dos sistemas aéreos remotamente pilotados pelas forças armadas americanas nos conflitos do Afeganistão e Iraque

Abstract

O presente trabalho trata do emprego dos sistemas aéreos remotamente pilotados (SARP) pelas Forças Armadas americanas nos conflitos do Iraque e Afeganistão. Nesses conflitos, o uso dos SARP foram relevantes para o sucesso das operações, uma vez que esses sistemas podiam realizar reconhecimentos diuturnos e executar missões de ataque ao solo. O sistema Predator foi muito empregado nos dois países, com destaque para as missões de ataque utilizando os mísseis Hellfire realizadas a partir do ano de 2003. Outros sistemas também foram largamente empregados como Global Hawk, Sentinel, ReapereRaven. Várias inovações ocorreram nos SARP no decorrer das duas guerras, sendo as mais expressivas nos armamentos empregados pelos vetores aéreos e nos hardwares e softwares embarcados nas aeronaves. Em relação ao armamento destaca-se a substituição dos mísseis Hellfire pelas bombas menores como a GBU-44/B ViperStrike e a Griffin e o míssil Spike. Já em relação às inovações relacionadas aos softwares e hardwares observamos o emprego dos sistemas VIRAT e o PERSAS, que permitiram as tropas em terra realizar suas missões com mais segurança, possibilitando identificar possíveis bombas nos itinerários dos comboios e encontrar os insurgentes que armavam os artefatos. E a utilização de novos sensores desenvolvidos no decorrer dos conflitos que proporcionaram às tropas aliadas ampliar o raio de ação nas missões de vigilância, diminuindo a quantidade de aeronaves utilizadas nas operações.