O emprego de munições expansivas pelo Exército Brasileiro em operações de não guerra : uma abordagem

Abstract

As munições encamisadas totais ogivais - ETOG apresentam diversas características que podem fazer com que sejam consideradas inadequadas para o uso em ambientes urbanos, tal como a grande capacidade de penetração, e por consequência a grande possibilidade de transfixação de alvos. Com a evolução dos estudos de balística terminal e a adequação das indústrias de munições ao redor do mundo às necessidades do mercado consumidor, projéteis modernos tem sido disponibilizados e procuram apresentar características como uma melhor transferência de energia, maiores danos a tecidos e menor possibilidade de transfixar, aliados a penetração adequada. Esses diversos tipos de munições, e em específico os projéteis expansivos ponta oca - EXPO podem, sob esta ótica, podem ser analisados e considerados mais eficientes, pois, comparados aos projéteis encamisados totais ogivais, possuem maior poder de parada. O Exército Brasileiro tem sido cada vez mais empregado em ambiente urbanos e em situações classificadas como não guerra, e como atualmente utiliza projéteis ETOG, procura-se verificar a viabilidade de substituí-los por munições EXPO, aumentando a probabilidade de sobrevivência de seus militares em confronto armado e minimizar a possibilidade de danos colaterais indesejados à população que circunda as áreas de entreveros. Verifica-se a existência no mercado nacional de fabricante que possui em seu portifólio de produtos diversas opções de munições EXPO e que apresentam um custo médio de 50% a mais que as munições ETOG. Ademais, os dispositivos legais que impedem o uso dessa munição em conflitos armados não se aplicam às situações de não guerra em território nacional, concluindose, portanto, pela viabilidade da substituição da munição no caso em pauta.