O papel do Exército Brasileiro frente a crise humanitária venezuelana e seus reflexos na fronteira brasileira

Abstract

Da teoria à prática, o estilo chavista de governar, baseado em políticas sociais “paternalistas” e forte presença estatal na economia, fracassou. Decorridos vinte anos de regime bolivariano, a Venezuela encontra-se numa crise política, social e econômica que parece não ter fim. O presente trabalho tem por objetivo a caracterização dos reflexos da crise venezuelana para o Brasil, especialmente em relação a crise humanitária que assola o Estado de Roraima e como o Exército Brasileiro assumiu o papel de protagonismo frente ao ineditismo dos acontecimentos. O reflexo direto da crise venezuelana, para o Brasil, foi o aumento de refugiados adentrando em território nacional pela fronteira de Roraima, que causaram impactos negativos no sistema de saúde, educação e segurança. Com a intensificação do fluxo migratório, o governo federal reconhece a situação de vulnerabilidade regional, criando assim, o Comitê Federal de Assistência Emergencial. Sendo o Ministério da Defesa o responsável pela secretária-executiva do mesmo. Neste contexto, as Forças Armadas do Brasil recebem a missão de proceder a Operação Acolhida, através da Força-Tarefa Logística Humanitária Roraima, para coordenar as ações que visam organizar o acolhimento dos refugiados e proceder a interiorização dos imigrantes, para que desta forma, estas pessoas que chegam em busca de recomeçar suas vidas no Brasil, possam ser inseridas nos mercados de trabalho dos diversos estados da federação. Importante ressaltar que o Exército Brasileiro, mesmo diante dos desafios inéditos da missão vem executando um trabalho de visível relevância.