O emprego da inteligência de fontes humanas na atuação dos órgãos de inteligência do exército Brasileiro em operações de cooperação e coordenação com agências na prevenção e no combate ao terrorismo, por ocasião da realização de grandes eventos no Brasil : um estudo de caso da 5ª companhia de inteligência

Abstract

O terrorismo ganha cada vez mais espaço nas mídias internacionais, e o Brasil não pode achar-se imune a essa ameaça, principalmente, quando o país encontra-se sediando um grande evento, como a Copa do Mundo da Fifa 2014 de Futebol Masculino e os Jogos Olímpicos Rio 2016, pois grupos terroristas podem se aproveitar desses momentos, nos quais as mídias nacionais e internacionais estão voltadas para o Brasil, para planejarem e executarem um ato terrorista que tenha o país como alvo e/ou palco do atentado. Une-se à realização de grandes eventos no país, com a atual conjuntura do Brasil: aproximação do país com Israel após a eleição do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, o crescimento das Organizações Criminosas em todo o país, o aumento da Comunidade Estrangeira, o fluxo migratório e o envolvimento de brasileiros com o terrorismo em território nacional e internacional. Tais fatores, interligados, estimularam o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), o Sistema de Inteligência de Defesa (SINDE), e por fim, o Sistema de Inteligência do Exército (SIEx) para o contínuo processo de acompanhamento dessa temática e de possíveis suspeitos, residentes no Brasil, de ligação com grupos de ideologia radical islâmica, para minimizar naturais incertezas existentes por parte de decisores em diversos níveis. Como consequência, o EB empregou seus meios da função de combate inteligência, principalmente por meio do Centro de Inteligência do Exército (CIE), para monitorar e acompanhar suspeitos de pertencerem a grupos extremistas e para evitar o surgimento ou desarticular possíveis células de terroristas no país. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com cerne no estudo sobre o “modus operandi” da Inteligência de Fontes Humanas em manuais doutrinários, publicações, artigos científicos nacionais ou estrangeiros e outros documentos correlatos e serão aplicados questionários e entrevistas aos Operadores de Inteligência de Fontes Humanas que participaram de operações dessa natureza e com o especialista de inteligência do CIE. Feitas essas considerações, conclui-se que a Inteligência de Fontes Humanas é uma ferramenta primordial para a prevenção e o combate ao terrorismo.