Interoperabilidade entre os sistemas de comunicações de área da divisão de exército e brigada e suas implicações sobre a guerra centrada em redes

Abstract

A Guerra Centrada em Redes é um conceito novo que tem o enfoque na consciência situacional num ambiente de guerra. Dentro deste escopo, crescem de importância as Comunicações, sobretudo no nível tático, pois a dinâmica e velocidade das operações exigem que os meios de comunicações sejam empregados de maneira mais eficiente e eficaz. A interoperabilidade entre os sistemas de comunicações no nível tático gera implicações nos domínios da Guerra Centrada em Redes, principalmente no domínio físico. Esses sistemas de comunicações, nos níveis da Divisão de Exército e da Brigada, são o Sistema de Comunicações de Área e o Módulo de Telemática Operacional, respectivamente. Os dois possuem meios suficientes para prover de maneira flexível o apoio de comunicações dentro de seus escalões. A impossibilidade técnica de realizar os enlaces micro-ondas entre os rádios dos dois sistemas dificulta a utilização desses meios de maneira mútua. Porém há uma possibilidade de ligação dos sistemas, através da interface de rede, proporcionada pelos roteadores presentes nas cabines do SCA e MTO. Esses meios proporcionam uma porta de entrada para meios externos, tais como uma rede corporativa, um servidor de email, o Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS) ou a rede mundial de computadores. Assim, é notório o impacto dessa ligação entre os sistemas no conceito do domínio físico da Guerra Centrada em Redes, pois a possibilidade dessa ligação está diretamente ligada com a característica de que todos os elementos devem estar conectados de forma que não exista a solução de continuidade, além de influenciar na velocidade da tomada de decisão e o ritmo das operações, aumentando o alcance e a precisão das informações.