O emprego do regimento de cavalaria mecanizado como vetor de inteligência nas operações de apoio a órgãos governamentais (AOG)

Abstract

A busca de informações acerca do inimigo remonta ao início dos combates. Ter uma informação privilegiada acerca das características ou intenções de seu oponente trouxe, ao longo da história da humanidade, supremacia na tomada de decisões bem como na análise do ambiente operacional. Com o recente emprego do Exército Brasileiro (EB) em Operações de Apoio à Órgãos Governamentais (AOG) no amplo espectro dos conflitos podemos observar que essas informações privilegiadas se tornam cada vez mais importantes no tocante ao planejamento das operações e no que tange a tomada de decisão realizada pelos comandantes nos mais diversos níveis. Apesar de haver uma célula de Operações de Inteligência dedicada às missões de AOG nas quais o EB foi empregado nos últimos 10 (dez) anos, por se tratar de um ambiente extremamente instável e povoado por civis inocentes, verificou-se que, muitas vezes, o comandante necessita de uma informação mais precisa e atual advinda dos militares que estão na primeira linha de combate para realizar sua tomada de decisão de forma a minimizar ao máximo os danos colaterais que esta possa ocasionar. Para a elaboração do presente estudo foi observado o conceito de que “todo o militar é um sensor de inteligência” devendo este, portanto, estar pronto a fornecer informações acerca do seu ambiente operacional e inimigo. O desafio estabelecido por este trabalho foi o de verificar a necessidade de haver este militar treinado para ser este sensor de inteligência em primeiro escalão nas Operações de AOG no amplo espectro dos conflitos