O soldado como vetor de inteligência : o uso do elemento de combate na fase de obtenção do conhecimento

Abstract

O presente artigo pretende identificar o emprego do soldado como vetor de inteligência compondo pequenas frações durante o patrulhamento de vias, especialmente em locais com urbanização descontrolada, em um contexto de Operações de Apoio a Órgãos Governamentais, com foco em Garantia da Lei e da Ordem. Como parâmetro para esse estudo foram utilizadas as operações de pacificação denominadas Arcanjo e São Francisco, desencadeadas nos últimos anos na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Por se tratar de um assunto relativamente novo no que diz respeito a emprego de tropas nesse tipo de operação, a doutrina ainda não está consolidada, devendo ser feito o uso de fundamentos e princípios atinentes a operações de caráter convencional, como Ofensivas e Defensivas. Como conclusão, pode-se perceber a grande capacidade que existe para o ciclo de inteligência a observação de cada elemento componente da patrulha, porém a falta de instrução causada pela premissa de tempo existente no desencadear das operações, causa inicialmente a perda de informações, tanto na observação, quanto na transmissão através de um relatório de patrulha. Como contribuição, foi apresentado um modelo de Relatório de Patrulha com os itens básicos que podem interessar ao ciclo de inteligência e que por ventura auxilie no processo da tomada de decisão pelo comandante da operação.