O emprego do batalhão de infantaria mecanizado nas operações de reconhecimento em força : uma análise de suas limitações nas funções de combate fogos e proteção

Abstract

Buscando evoluir junto com os demais exércitos do mundo, o Exército Brasileiro concebeu o Projeto Guarani, uma nova família de Viatura Para Transporte de Pessoal, de Infantaria, sobre rodas, criando assim a Infantaria Mecanizada. Esta tropa, já existente em outros países, vem sendo implementada no Brasil, porém a falta de uma doutrina e de conhecimento mais profundo sobre suas capacidades tem deixado uma lacuna sobre sua possiblidade de emprego. Dessa forma buscou-se analisar as possibilidades e limitações desta tropa nas Operações de Reconhecimento em Força, nas funções de combate Fogos e Proteção. Sabemos que o Reconhecimento em Força é uma operação ofensiva que visa fazer com que o inimigo se revele, mostrando suas possibilidades e, principalmente, suas vulnerabilidades a fim de estas sejam exploradas. Por ser um tipo de operação que pode vir a desencadear um ataque de oportunidade, exige que a tropa que a executa possua grande ação de choque, que é o conjunto entre poder de fogo, proteção blindada e mobilidade. Tais características são encontradas nas tropas mecanizadas, porém resta saber se estão presentes de forma satisfatória para a execução deste tipo de operação. Para responder esta questão, neste estudo vamos analisar as possibilidades e limitações dos Batalhões de Infantaria Mecanizada e comparar a doutrina brasileira e a experimentação doutrinária em vigor com a doutrina de outros países possuidores de tropas mecanizadas