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dc.contributor.advisorCarvalho, Thiago Da Costa-
dc.contributor.authorCarvalho, Matheus Ribeiro-
dc.date.accessioned2025-01-29T12:15:13Z-
dc.date.available2025-01-29T12:15:13Z-
dc.date.issued2024-
dc.identifier.urihttp://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/123456789/14299-
dc.descriptionTrabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Ciências Militares, com ênfase em Defesa Nacionalpt_BR
dc.description.abstractNo início deste século, a transnacionalização dos movimentos fundamentalistas islâmicos no continente europeu vem representando um fenômeno complexo, que tem suscitado debates acerca da segurança, da integração social e da identidade cultural da civilização ocidental. Segundo Samuel Huntington, as principais fontes de conflito no mundo pós-Guerra Fria não serão mais ideológicas ou econômicas, mas culturais. Em um contexto globalizado, as fronteiras físicas não se constituem mais como barreiras absolutas para a disseminação de ideologias e para a mobilização de simpatizantes. Os Movimentos Fundamentalistas Islâmicos de caráter extremista, como por exemplo o Estado Islâmico (EI), vem explorando as falhas existentes junto aos sistemas de segurança da comunidade europeia, bem como das lacunas existentes na governança internacional para estender sua rede para além dos territórios do Oriente Médio, infiltrando-se em comunidades muçulmanas estabelecidas na Europa. A transnacionalização ora analisada é motivada por uma série de fatores, sendo eles: a facilidade de comunicação e recrutamento por meio da internet; a diáspora de muçulmanos para países europeus; e a cooptação de certos segmentos dessas populações devido às desigualdades sociais e discriminação ali existentes. A exploração de identidades religiosas e culturais por parte de grupos extremistas tem levado à radicalização de alguns jovens muçulmanos europeus, que se sentem deslocados e não integrados à comunidade. Os governos europeus têm respondido a essa crescente ameaça com uma combinação de medidas de segurança, políticas de integração e esforços de cooperação internacional. No entanto, o equilíbrio entre garantir a segurança pública e preservar os direitos individuais e a liberdade religiosa tem sido um obstáculo significativo. Ressalta-se, ainda, que a transnacionalização dos movimentos fundamentalistas islâmicos coloca em destaque a necessidade de uma abordagem global e colaborativa para lidar contra o extremismo. Nesse cenário, os países da Europa Ocidental vêm acumulando experiências relevantes e evoluindo em suas políticas de defesa e segurança pública, cujo gatilho se deu pela ocorrência de 06 (seis) episódios que se sobressaíram pela atuação de grupos extremistas islâmicos, sendo eles: (i) Atentados de 11 de março de 2004, em Madrid (Espanha); (ii) Atentado ao Jornal Charlie Hebdo, em janeiro de 2005, em Paris (França); (iii) Atentados de 07 de julho de 2005, em Londres (Reino Unido); (iv) Ataques de novembro de 2015, em Paris (França); (v) Ataque ao Aeroporto de Istambul, em junho de 2016 (Turquia); e (vi) Ataque ao Mercado de Natal, em dezembro de 2016 em Berlim (Alemanha). Acadêmicos têm escrito extensivamente sobre a transnacionalização do fundamentalismo islâmico na Europa, examinando suas causas, dinâmicas e impactos. Esses estudos muitas vezes se concentram em aspectos como migração, identidade cultural, radicalização, conexões internacionais entre grupos extremistas, financiamento, recrutamento online e estratégias de combate ao terrorismo. Por outro lado, jornalistas investigativos têm escrito extensivamente sobre as atividades de grupos extremistas islâmicos na Europa, incluindo sua transnacionalização. Esses relatos muitas vezes se baseiam em pesquisa detalhada, entrevistas com especialistas e membros de comunidades afetadas, e análise de documentos e dados para fornecer uma visão abrangente dos desafios enfrentados pelas autoridades e pela sociedade ao lidar com essa nova ameaça. Assim, o problema proposto foi assim sintetizado: Em que medida a transnacionalização dos movimentos islâmicos ameaçam a segurança e o bem estar da civilização ocidental europeia? Para tanto, foi utilizada a metodologia de Pesquisa Documental, utilizando-se da coleta documental, junto a banco de dados diversos, com o objetivo de identificar os relevantes atores envolvidos na transnacionalização dos movimentos fundamentalistas islâmicos, na Europa Ocidental, identificando suas interações com os Estados soberanos ali existentes que levaram à implementação de ações práticas para garantir a defesa e a segurança nacional das comunidades europeias ocidentais frente ao terrorismo internacional. Entender as ameaças e vulnerabilidades resultantes da transnacionalização dos movimentos fundamentalistas islâmicos na Europa Ocidental poderá ajudar na formulação de estratégias eficazes de defesa e segurança pelo Estado Brasileiro, em particular no que tange à medidas que possam ser implementadas pelas Forças Armadas. Sendo assim, é possível aprimorar a compreensão do fenômeno ao analisar a relação entre as ameaças, vulnerabilidades, ações tomadas e resultados obtidos pelos Estados da Europa Ocidental, favorecendo a continuidade de pesquisas que tratem sobre o assunto.pt_BR
dc.description.abstractAt the beginning of this century, the transnationalization of Islamic fundamentalist movements on the European continent has been a complex phenomenon that has sparked debates about security, social integration and the cultural identity of Western civilization. According to Samuel Huntington, the main sources of conflict in the post- Cold War world will no longer be ideological or economic, but cultural. In a globalized context, physical borders are no longer absolute barriers to the dissemination of ideologies and the mobilization of sympathizers. Fundamentalist Islamic movements of an extremist nature, such as Islamic State (IS), have been exploiting the flaws in the European community's security systems, as well as the gaps in international governance, to extend their network beyond the territories of the Middle East, infiltrating Muslim communities established in Europe. This transnationalization is motivated by a number of factors, including: the ease of communication and recruitment via the internet; the diaspora of Muslims to European countries; and the co-opting of certain segments of these populations due to the social inequalities and discrimination that exist there. The exploitation of religious and cultural identities by extremist groups has led to the radicalization of some young European Muslims, who feel displaced and not integrated into the community. European governments have responded to this growing threat with a combination of security measures, integration policies and international cooperation efforts. However, the balance between ensuring public safety and preserving individual rights and religious freedom has been a significant obstacle. It should also be noted that the transnationalization of Islamic fundamentalist movements highlights the need for a global and collaborative approach to dealing with extremism. In this scenario, Western European countries have been accumulating relevant experiences and evolving their defense and public security policies, triggered by the occurrence of six (06) episodes that stood out for the actions of Islamic extremist groups: (i) the March 11, 2004 attacks in Madrid (Spain); (ii) the January 2005 attack on the Charlie Hebdo newspaper in Paris (France); (iii) the July 7, 2005 attacks in London (United Kingdom); (iv) the November 2015 attacks in Paris (France); (v) the June 2016 attack on Istanbul Airport (Turkey); and (vi) the December 2016 Christmas Market attack in Berlin (Germany). Academics have written extensively about the transnationalization of Islamic fundamentalism in Europe, examining its causes, dynamics and impacts. These studies often focus on aspects such as migration, cultural identity, radicalization, international connections between extremist groups, financing, online recruitment and counter-terrorism strategies. On the other hand, investigative journalists have written extensively about the activities of Islamic extremist groups in Europe, including their transnationalization. These reports often draw on detailed research, interviews with experts and members of affected communities, and analysis of documents and data to provide a comprehensive overview of the challenges faced by authorities and society in dealing with this new threat. Thus, the proposed problem was summarized as follows: To what extent does the transnationalization of Islamic movements threaten the security and well-being of Western European civilization? To this end, the Documentary Research methodology was used, using documentary collection from various databases, with the aim of identifying the relevant actors involved in the transnationalization of Islamic fundamentalist movements in Western Europe, identifying their interactions with the sovereign states there that have led to the implementation of practical actions to guarantee the defense and national security of Western European communities in the face of international terrorism. Understanding the threats and vulnerabilities resulting from the transnationalization of Islamic fundamentalist movements in Western Europe could help the Brazilian state formulate effective defence and security strategies, particularly with regard to measures that could be implemented by the Armed Forces. Thus, it is possible to improve understanding of the phenomenon by analyzing the relationship between threats, vulnerabilities, actions taken and results obtained by Western European states, favoring further research on the subject.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectTransnacionalização dos movimentos fundamentalistaspt_BR
dc.subjectTerrorismopt_BR
dc.subjectDefesa nacional e seguraça nacionalpt_BR
dc.subjectUnião Europeiapt_BR
dc.titleAs principais ameaças da transnacionalização dos movimentos fundamentalistas islâmicos : reflexos para o desenvolvimento de políticas de defesa e de segurança pública na União Europeiapt_BR
dc.typeMonografiapt_BR
dc.rights.licenseÉ permitida a reprodução do conteúdo da obra desde que seja, obrigatoriamente, citada a fonte. É proibida a reprodução para fins comerciais, bem como qualquer alteração no conteúdo da obra.pt_BR
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