Tecnologias disruptivas no conflito Rússia-Ucrânia: revisão sistemática dos meios militares e sua correlação com as áreas de conhecimento científico

Abstract

O presente trabalho aborda as tecnologias disruptivas empregadas no conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022, e sua correlação com áreas de conhecimento científico relevantes para as Forças Armadas. A relevância do estudo reside na identificação de inovações tecnológicas com potencial de alterar significativamente o equilíbrio de poder e o curso das operações militares, fornecendo subsídios para decisões estratégicas no âmbito da defesa nacional. O problema central investigado é quais tecnologias são consideradas disruptivas neste conflito e quais áreas de conhecimento científico estão envolvidas. Metodologicamente, o estudo empregou uma revisão sistemática da literatura, seguindo o protocolo PRISMA, analisando trabalhos acadêmicos publicados entre 2022 e 2024 (início aos dias atuais do referido conflito). A pesquisa resultou na identificação de diversas tecnologias disruptivas, com destaque para Inteligência Artificial e Veículos Não Tripulados, mencionadas em mais de 70% dos textos analisados. Outras tecnologias relevantes incluem Cibernética, Tecnologias Espaciais, Mísseis Hipersônicos, Big Data e sua Análise Avançada, Redes 5G e Sistemas de Defesa Aérea e Mísseis. A correlação dessas tecnologias com as áreas de conhecimento científico pesquisadas pelo Exército Brasileiro revelou a importância crítica de campos como Inteligência Artificial, Sistemas Autônomos e Sensores. As principais conclusões apontam para a crescente importância das tecnologias disruptivas em conflitos modernos, ressaltando a necessidade de investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento nestas áreas. O trabalho destaca que o domínio dessas tecnologias pode se tornar um fator determinante nas relações de poder entre as nações. Além disso, o estudo enfatiza a importância de uma abordagem estratégica por parte do Exército Brasileiro na priorização de áreas de conhecimento científico tecnológico, visando fortalecer a prontidão tecnológica nacional. ____________________________________________________________________________________________ ABSTRACT This paper addresses the disruptive technologies employed in the conflict between Russia and Ukraine, which began in February 2022, and their correlation with scientific knowledge areas relevant to the Armed Forces. The study's relevance lies in identifying technological innovations with the potential to significantly alter the balance of power and the course of military operations, providing insights for strategic decisions in national defense. The central problem investigated is which technologies are considered disruptive in this conflict and which areas of scientific knowledge are involved. Methodologically, the study employed a systematic literature review, following the PRISMA protocol, analyzing academic works published between 2022 and 2024 (from the beginning to the present day of the aforementioned conflict). The research resulted in the identification of several disruptive technologies, with emphasis on Artificial Intelligence and Unmanned Vehicles, mentioned in over 70% of the analyzed texts. Other relevant technologies include Cybernetics, Space Technologies, Hypersonic Missiles, Big Data and its Advanced Analysis, 5G Networks, and Air Defense and Missile Systems. The correlation of these technologies with the scientific knowledge areas researched by the Brazilian Army revealed the critical importance of fields such as Artificial Intelligence, Autonomous Systems, and Sensors. The main conclusions point to the growing importance of disruptive technologies in modern conflicts, highlighting the need for continuous investment in research and development in these areas. The work emphasizes that mastery of these technologies may become a determining factor in power relations between nations. Furthermore, the study emphasizes the importance of a strategic approach by the Brazilian Army in prioritizing areas of scientific and technological knowledge, aiming to strengthen national technological readiness.