Os Produtos das etapas da metodologia de processamento de alvos: uma análise para o novo manual de campanha

Abstract

O processo de aquisição de alvos deixou de ser um tema exclusivo da artilharia de campanha, passando a englobar diversos outros atores, com destaque para os meios relacionados à função de combate inteligência. Além disso, o processo de engajamento de alvos também passou por uma grande transformação diante do avanço tecnológico dos sistemas de armas, permitindo o emprego de atuadores cinéticos e não-cinéticos. Nesse contexto, o Exército Brasileiro (EB) adotou uma metodologia de processamento de alvos baseada em quatro etapas: decidir, detectar, disparar e avaliar. A nomenclatura desse processo foi definida pelo acrônimo D3A e seus aspectos doutrinários estão presentes em um capítulo do manual de campanha “Planejamento e Coordenação de Fogos”. Considerando que essa metodologia depende de um processo de integração entre as funções de combate fogos, inteligência e movimento e manobra, o Comando de Operações Terrestres (COTER) decidiu pela elaboração de um manual específico sobre processamento de alvos, dentro do escopo do Plano de Desenvolvimento da Doutrina Militar Terrestre. Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa qualitativa para analisar os produtos de cada uma das etapas da metodologia D3A, empregando o método comparativo para traçar um paralelo com a publicação ATP 3-60 “Targeting”, do Exército dos Estados Unidos da América, de modo a fornecer subsídios à evolução doutrinária da Força Terrestre. Dessa forma, o presente estudo contribuirá para o aperfeiçoamento da doutrina de processamento de alvos no EB, contribuindo para uma maior eficiência no seu preparo e emprego.