As necessidades de meios de Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro frente ás ameaças SARP na atualidade

Abstract

Os Sistemas Aéreos Remotamente Pilotados tornam-se cada vez mais evidentes no cenário mundial como parte das novas ameaças que preenchem a realidade, estando presentes constantemente nos conflitos mais recentes. Siglas como VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) e BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível) permeiam os estudos doutrinários militares, demonstrando que as perspectivas mudam constantemente, impondo a constante adaptação. A Política Nacional de Defesa (PND) orienta as expressões do poder nacional para lidar com as ameaças externas, em especial aquelas que possam vir a afetar a soberania e os interesses nacionais do país. Referindo-se ao Poder Militar, particularmente à Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro, que tem por finalidade defender meios, instalações e estruturas críticas nacionais, esta necessitará dispor das capacidades necessárias para lidar com os vetores supracitados. Nações como Estados Unidos da América, Rússia e Israel, ao mesmo tempo que se capacitam na utilização de vetores aéreos, desenvolvem tecnologias capazes de se contrapor às capacidades do SARP. Esse estudo aborda sobre estes países e suas Defesas antiaéreas, os quais oferecem subsídios para a evolução da Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro. Buscou-se expor a aplicação da Defesa em Profundidade, que basicamente sobrepõe diversas camadas de proteção em todo o território. Seguindo este conceito poder-se-á observar neste trabalho países como Estados Unidos da América, Rússia e Israel, detentores de elevada expressão militar, buscam aplicar estes conceitos. Ao mesmo tempo pôde-se observar as demandas do Estado Brasileiro no que tange à Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro frente às ameaças SARP, baseado no que os países supracitados estão desenvolvendo ou buscando, ou até mesmo colocando em prática, como a Rússia na Guerra contra a Ucrânia, de forma a atender os anseios nacionais elencados nos documentos de Defesa.

Remotely Piloted Aerial Systems are becoming increasingly evident on the world stage as part of the new threats that fill reality, being constantly present in the most recent conflicts. Acronyms such as VUCA (volatile, uncertain, complex and ambiguous) and BANI (fragile, anxious, non-linear and incomprehensible) permeate military doctrinal studies, demonstrating that perspectives constantly change, imposing constant adaptation. The National Defense Policy (PND) guides the expressions of national power to deal with external threats, especially those that may affect the country's sovereignty and national interests. Referring to Military Power, particularly the Anti-Aircraft Artillery of the Brazilian Army, which aims to defend critical national assets, installations and structures, it will need to have the necessary capabilities to deal with the aforementioned vectors. Nations such as the United States of America, Russia and Israel, while gaining training in the use of aerial vectors, develop technologies capable of countering the capabilities of the SARP. This study discusses these countries and their anti-aircraft defenses, which offer support for the evolution of the Brazilian Army's Anti-Aircraft Artillery. The aim was to expose the application of Defense in Depth, which basically overlaps several layers of protection throughout the territory. Following this concept, it is possible to observe in this work countries such as the United States of America, Russia and Israel, which have a high military profile, seek to apply these concepts. At the same time, it was possible to observe the demands of the Brazilian State regarding the Brazilian Army's Anti-Aircraft Artillery in the face of SARP threats, based on what the aforementioned countries are developing or seeking, or even putting into practice, such as Russia in the War against Ukraine, in order to meet the national desires listed in the Defense documents