A sistematização da Comunicação Estratégica no âmbito do Exército como instrumento de preservação e fortalecimento da imagem da Força e de apoio à consecução dos Objetivos Estratégicos do Exército

Abstract

As três últimas décadas marcaram com muita clareza a transição da Era Industrial para a Era da Informação, num processo evolutivo que ganha força com o colapso da Ordem Mundial Bipolar, trazendo consigo a dificuldade em se definir cenários, num mundo caracterizado fundamentalmente pela incerteza. Acrônimos como VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) e BANI (frágil, ansioso, não-linear e incompreensível) popularizaram-se tanto no meio militar como empresarial, passando a ser amplamente discutidos no meio acadêmico, numa tentativa de explicar o contexto em que vivemos, onde lidar com cenários complexos e de difícil definição passou a ser o grande desafio das organizações. Numa sociedade onde a informação é a base do conhecimento, “saber comunicar” torna-se imperativo para o êxito e a sobrevivência das organizações. Neste sentido, estruturar a Comunicação de forma alinhada, integrada e sincronizada, passa a ser indispensável para a preservação e fortalecimento da imagem institucional e para o atingimento dos objetivos institucionais. Desta forma, a Comunicação Estratégica surge como uma poderosa ferramenta de apoio, cuja essência é ser uma comunicação intencional, que busca criar efeitos de informação cognitivos. Assim, esta pesquisa busca concluir se o atual esforço de sistematização da Comunicação Estratégica do Exército atende aos preceitos pelos quais foi concebida, contribuindo para a preservação e fortalecimento da imagem da Força e para o atingimento dos Objetivos Estratégicos do Exército. Ao longo da pesquisa e como forma de subsidiar as conclusões do trabalho, buscou-se realizar uma revisão da literatura, no escopo dos principais níveis de abordagem; identificar a temática da “comunicação” nos documentos estratégicos da Defesa; e analisar a atual sistematização da Comunicação Estratégica, bem como seus reflexos. Ao final, busca-se contribuir com algumas recomendações, que visam, em última análise, aperfeiçoar o processo de amadurecimento da Comunicação Estratégica no âmbito da Força. _______________________________________________________________________________________________ RESUMEN Las últimas tres décadas han marcado muy claramente la transición de la Era Industrial a la Era de la Información, en un proceso evolutivo que gana fuerza con el derrumbe del Orden Mundial Bipolar, trayendo consigo la dificultad de definir escenarios, en un mundo fundamentalmente caracterizado por la incertidumbre. Acrónimos como VUCA (volátil, incierto, complejo y ambiguo) y BANI (frágil, ansioso, no lineal e incomprensible) se han popularizado tanto en el ámbito militar como empresarial, siendo ampliamente discutidos en la academia, en un intento de explicar el contexto en el que vivimos, donde enfrentarse a escenarios complejos y difíciles de definir se ha convertido en el gran reto de las organizaciones. En una sociedad donde la información es la base del conocimiento, “saber comunicar” se vuelve imperativo para el éxito y supervivencia de las organizaciones. En este sentido, estructurar la Comunicación de forma alineada, integrada y sincronizada se vuelve indispensable para la preservación y fortalecimiento de la imagen institucional y para el logro de los objetivos institucionales. De esta forma, la Comunicación Estratégica surge como una poderosa herramienta de apoyo, cuya esencia es ser comunicación intencional, que busca crear efectos de información cognitivos. Así, esta investigación busca concluir si el actual esfuerzo de sistematización de la Comunicación Estratégica del Ejército cumple con los preceptos para los cuales fue concebida, contribuyendo a la preservación y fortalecimiento de la imagen de la Fuerza y al logro de los Objetivos Estratégicos del Ejército. A lo largo de la investigación y como forma de subsidiar las conclusiones del trabajo, se buscó realizar una revisión bibliográfica, en el ámbito de los principales niveles de abordaje; identificar el tema de la “comunicación” en los documentos estratégicos de Defensa; y analizar la actual sistematización de la Comunicación Estratégica, así como sus consecuencias. Al final, se busca contribuir con algunas recomendaciones, que en última instancia apuntan a mejorar el proceso de maduración de la Comunicación Estratégica en el ámbito de la Fuerza.