A inserção de simuladores na instrução do tiro de pistola para sargentos e subtenentes do corpo de tropa do Exército Brasileiro

Abstract

Este artigo irá abordar os procedimentos ligados ao tiro de pistola e seus treinamentos, uma vez que no círculo hierárquico do Exército Brasileiro, especificamente os Subtenentes e Sargentos, não tem um contato direcionado com este armamento durante sua carreira. Já que, para os Sargentos, posto em que permanecem boa parte da carreira, o armamento padrão do TAT segundo as IRTAEx é somente o fuzil, ficando os testes de aptidão em tiro com armas curtas apenas para os Subtenentes e Oficiais. Assim, os militares em questão podem apresentar muitas das vezes um desempenho abaixo da média em avaliações, como aquela necessária ao ingresso no Quadro Auxiliar de Oficiais. Com isso, este trabalho pretende apresentar uma alternativa a este contato deficiente com o armamento: o uso de simuladores de tiro, os quais já estão previstos em portaria do EB, porém, carecem de uma pesquisa direcionada aos benefícios que trazem, dentre eles, a redução do uso de munição, aumento da segurança, alongamento da vida útil do armamento e do nível de adestramento da tropa. Além de chances de melhora dos índices de tiro desses militares. Será apresentado o SCATT, dispositivo de simulação russa, já testado e utilizado por diversos atletas de tiro de alto rendimento pelo mundo. Também será abordado o STAL, simulador de tiro de armas leves, de fabricação nacional. Este último tem diversas diferenças em relação ao primeiro, como o custo de implantação e manutenção, além dos recursos que fornece ao militar que o estiver operando. Esses serão expostos mais à frente. Para atingir esses objetivos, será feita uma abordagem acerca dos fundamentos do tiro de pistola e suas complexidades (a posição estável, pontaria, o controle da respiração e acionamento do gatilho), os tipos de simuladores presentes no mercado, o funcionamento de uma linha de tiro, a apresentação de dados coletados acerca da eficiência dos simuladores e o interesse atual em sua inserção em unidades militares, por fim, será realizada uma entrevista com militares com experiência na instrução de tiro. Concluindo, por fim, sobre a implantação dos simuladores na OM ______________________________________________________________________________________ This article will address the procedures related to pistol shooting and its training, since that in the hierarchical circle of the Brazilian Army, specifically the Warrant Officers and Sergeants, don’t have direct contact with this weapon during their career. Since, for sergeants, graduation where they remain for most of their careers, the standard weapon of the TAT according to the IRTAEx is only the rifle, leaving the tests of aptitude in shooting with short weapons only for warrant officers and officers. Thus, the military in question can often present a below average performance in evaluations, such as the one necessary to join the Quadro Auxiliar de Oficiais. Therefore, this work intends to present an alternative to this deficient contact with armament: the use of shooting simulators, which are already foreseen in the EB ordinance, however, they lack a research directed to the benefits that they bring, among them, the reducing use of ammunition, increased security, extended useful life of weapons and the level of troop training. In addition to chances of improving the shooting rates of these military personnel. The SCATT, a Russian simulation device, already tested and used by several high-performance shooting athletes around the world, will be presented. STAL, a small arms shooting simulator, manufactured in Brazil, will also be discussed. The latter has several differences in relation to the former, such as the cost of implementation and maintenance, in addition to the resources and information it provides to the military that is operating it. These will be exposed later on. To achieve these objectives, an approach will be made to the fundamentals of pistol shooting and its complexities (stable position, aiming, breathing control and trigger actuation), the types of simulators present in the market, the operation of a line of shooting, the presentation of data collected about the efficiency of the simulators and the current interest in their insertion in military units, finally, an interview will be carried out with military personnel with experience in shooting instruction. Concluding, finally, on the implantation of the simulators in the OM.