A necessidade do gerenciador do campo de batalha do projeto guarani para o comandante de pelotão de cavalaria mecanizada a partir de sua experimentação doutrinária em 2016 e sua utilização nos dias atuais

Abstract

A tecnologia do Gerenciador do Campo de Batalha (GCB) desenvolvida pelo Centro de Desenvolvimento de Sistemas do Exército Brasileiro criada no contexto do Projeto Guarani para equipar a Nova Família de Blindados sobre Rodas pode se tornar um fator preponderante a favor da Força Terrestre no tocante ao Comando e Controle (C²) dos Comandantes de Pelotão e dos escalões superiores em combates do século XXI com características peculiares e específicas, envolvendo as dimensões humana e informacional, a legitimidade do emprego de tropas e a ambiguidade do campo de batalha. O Projeto Guarani foi concebido em 1999 com o lançamento dos Requisitos operacionais para a Nova Família de Blindados de Rodas (NFBR), com o intuito de transformar a Infantaria Motorizada em Mecanizada e de modernizar a Cavalaria Mecanizada, a fim de colocar o Exército em um patamar à altura de países com alto grau de desenvolvimento em Defesa, fomentando inclusive a Base Industrial Nacional de Defesa. Nesse contexto, foi criado um Sistema de Comando e Controle (C²) para equipar as VBTP MR Guarani (Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Média de Rodas Guarani) que pudesse atender às necessidades do combate moderno e que pudesse aumentar a Consciência Situacional do comandante de viatura. O software GCB permite que os comandantes de viatura possam visualizar as suas posições em tempo real no mapa digital e as posições das frações amigas, além de permitir que se insira informações sobre o inimigo e calco de operações, permitir troca de mensagens entre os usuários, dentre outras ferramentas que culminam em evitar problemas recorrentes em combates atuais, como o fraticídio. Por fim, a Cavalaria Mecanizada se insere na discussão devido às necessidades inerentes ao cumprimento das missões que lhe são exigidas e para as quais ela é especialmente inclinada, como a obtenção de informes, gerenciamento de informações, Operações de Segurança e Ações de Reconhecimento. _________________________________________________________________________ The Battlefield Management System (BMS) technology developed by the Brazilian Army Systems Development Center and created during the Guarani Project to equip the New Wheeled Armored Fighting Vehicle Family can be an Army advantage related to Platoon Commanders’ Command and Control (C²) and Chief of Staff’s Command and Control in 21st century combat with peculiar and specific characteristics, including human and informational dimensions, legitimizing troop employment and the battlefield ambiguity. The Guarani Project was conceived in 1999 from the beginning of the Operational Requirements to the New Wheeled Armored Fighting Vehicle Family in order to transform the Motorized Infantry into Mechanized Infantry and modernize the Mechanized Cavalry to place the Army at the same level as countries with high development in Defense and increase the National Defense Industrial Base. In this context, a Command and Control System was created to equip the Guarani Medium Armored Personnel Transport Vehicles, meet the needs of modern combat, and increase the vehicle’s commander Situational Awareness. The BMS software allows vehicle commanders to visualize their positions in real-time on the digital map and visualize the friend positions. In addition, it allows information insertion about enemy and maneuver maps, the tactical chat between users, and others tools that result in avoiding common problems in modern combat, like fratricide. Finally, the Mechanized Cavalry is included in the discussion due to the needs of the required missions for which it is especially inclined, such as obtaining reports, information management, Security Operations and Reconnaissance Actions.