Fuzil de assalto Imbel A2 em uma análise comparativa e desafios contemporâneos

Abstract

Este trabalho traz à tona um tema bastante recorrente e de evidente importância no meio militar, mais especificamente, no Exército Brasileiro, seja no cotidiano da tropa ou em instruções, adestramentos e trabalhos acadêmicos nas escolas de formação. Trata-se do Fuzil de Assalto Imbel A2 calibre 5,56mm, seu histórico, suas características e consequente performance nas diversas missões atuais a cargo do Exército Brasileiro. A pesquisa ora apresentada visa à comparação dos aspectos técnico-operacionais do Fuzil IA2 e do Fuzil Automático Leve (FAL) 7,62mm M964 (que tem sido o armamento de dotação padrão da Força Terrestre por mais de 50 anos) em uma análise comparativa, de forma a evidenciar as particularidades de ambos os fuzis nos diferentes tipos de combate (Operações Ofensivas e Defensivas, e OCCA – Operações de Cooperação e Coordenação com Agências) em que são empregados. No atual contexto geopolítico, os conflitos bélicos tomam, de maneira progressiva, formas diferentes das convencionais. Isso inevitavelmente acarreta mudanças nas doutrinas de guerra que culminam na necessidade de que sejam adotadas tecnologias adequadas ao teatro de operações do século XXI. Para o militar brasileiro dos dias atuais, a inclusão do Fuzil IA2 na dotação do EB agrega para um aprestamento eficaz e representa um passo importante para sua condição de preparo e emprego. A metodologia adotada foi a da revisão bibliográfica integrada ao estudo descritivo e método de procedimento comparativo, nos quais foram utilizados diversos autores, tais como Beraldi (2004) e Bastos (2013). O Fuzil IA2 foi desenvolvido pela Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) para suprir necessidades do combatente, como redução da fadiga em razão do porte (através do menor peso em relação ao FAL) e a maior facilidade ao realizar movimentos em patrulhamento urbano (bater melhor os ângulos mortos, tiro de combate, ação reflexa e rajadas, entre outros), assim como requisitos do ambiente operacional, como a neutralização de Agentes Perturbadores da Ordem Pública (APOP) sem necessariamente matar, e minimizar a ocorrência de mortes de civis (devido à característica menos letal do calibre 5,56).