A evolução da formação do sargento de infantaria na Escola de Sargentos das Armas

Abstract

O Exército Brasileiro vem avaliando e aperfeiçoando a formação de seus sargentos de carreira, a qual tem passado por mudanças importantes não só na parte cognitiva da formação, como também na parte estrutural de sua escola em relação ao objetivo fim da mesma. O presente trabalho pretende identificar os fatores que estão ressaltando tais mudanças, apontando três principais: A nova Escola de Sargentos; a mecanização das tropas de infantaria; e a habilitação em línguas. Entende-se que o processo de mecanização das tropas de infantaria tem um impacto direto, pois impõe à formação do comandante de grupo uma necessidade de especialização nesta área, visto que o projeto de Viatura de Transporte de Pessoal (VTP), o Guarani, é extremamente tecnológico e uma peça fundamental para a constituição dos pequenos grupos de combate do Exército Brasileiro, os quais estão na ponta da lança. Também, após a participação com êxito da Força Terrestre no processo de pacificação do Haiti, verificou-se que a habilitação em línguas é uma distinção do novo sargento de infantaria, sobretudo com relação a sua formação, em contrapartida à formação dos sargentos mais antigos da Arma. Entende-se que a nova Escola de Sargentos do Exército (EsSE) é o projeto marcante para a evolução do novo sargento exigido pela Força, e tem como finalidade principal reunir, em uma nova estrutura física e pedagógica, tais fatores que o Exército está reunindo desde o ano de 2017 para diferenciar o novo sargento de infantaria.