A criação da Companhia Anticarro da Brigada de Infantaria Blindada: uma proposta de organização de pessoal e material para a defesa anticarro no nível brigada

Abstract

O presente trabalho vem fomentar a discussão sobre a dosagem mínima em material e pessoal, necessárias para uma eficaz defesa anticarro (DAC) a ser adotada pela Brigada de Infantaria Blindada (Bda Inf Bld) do Exército Brasileiro (EB), na fase de geração de capacidades necessárias para aquela Grande Unidade (GU). No levantamento de possíveis óbices para a defesa anticarro da Bda Inf Bld, a inexistência de uma Companhia (Cia) Anticarro, na Bda Inf Bld, compromete a DAC, no nível Brigada? O manual C7-30, Brigadas de Infantaria, prevê a Companhia Anticarro como a dosagem mínima para as brigadas, porém esta subunidade (SU) nunca foi implementada no Exército Brasileiro (EB). O novo manual EB70 - MC 10.310, Brigada Blindada, não contempla tal SU, reduzindo a capacidade de defesa Anticarro das Brigadas Blindadas.O estudo ficou balizado pela comparação da organização de material e de pessoal da Brigada Striker Norte Americana, com a atual composição de uma brigada blindada brasileira. A diferente natureza das tropas em estudo comparativo se fez necessária, haja vista que a Brigada Blindada do Exército dos Estados Unidos da América (EUA), não possui uma subunidade Anticarro (AC) em sua composição, já que as Viaturas Blindadas de Combate de Fuzileiros (VBC Fuz) Bradley que mobiliam os pelotões de fuzileiros e de exploradores da brigada, possuem míssel AC TOW embarcados, conferindo a Brigada Blindada dos EUA de grande poder de fogo AC. Neste trabalho, foi utilizada a pesquisa qualitativa e bibliográfica, contemplando também o universo de uma pesquisa aplicada, com foco na resolução do problema levantado. Finalmente, esta pesquisa visa solucionar o problema levantado através de um estudo para o incremento das capacidade de combate da Brigada Blindada brasileira, contribuindo para o aumento da dissuasão desta Grande Unidade do EB, alinhado com o objetivo estratégico do exército (OEE) de manter a capacidade de dissuasão regional. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT The present work seeks to foster discussion on the minimum dosage of material and personnel necessary for an effective anti-tank defense to be adopted by the Armored Infantry Brigade of the Brazilian Army, during the generation of capabilities needed for that large unit. In the survey of possible obstacles for the anti-tank defense of the Armoured Infantry Brigade, does the inexistence of an Anti-tank Company in the Infantry Brigade compromise the Anti-tank defence, at the Brigade level? The field manual C7-30, Infantry Brigades, foresees the Anti-Tank Company as the minimum dosage for brigades, but this company was never implemented in the Brazilian Army. The new field manual EB70 - MC-10.310, Armored Brigade, does not contemplate Anti-Tank Company, reducing the capacity of anti-tank defense of the Armored Brigades. The study was based on the comparison of the organization of material and personnel of the North American Striker Brigade, with the current composition of a Brazilian armored brigade. The different nature of the troops in the comparative study was necessary, since the Armored Brigade of the United States of America Army does not have an Anti-Tank Company in its composition, since the Bradley Infantry Fight Vehicle that mobilize the infantry and Explorer platoons of the brigade, have on board TOW missiles, giving the USA Armored Brigade great firepower. In this work, qualitative and bibliographic research was used, also contemplating the universe of an applied research, focusing on solving the problem raised. Finally, this research aims to solve the problem raised through a study to increase the combat capabilities of the Brazilian Armored Brigade, contributing to the increase of deterrence of this Brigade of the Brazilian Army, aligned with the strategic objective of maintaining the capacity of regional deterrence.