Logística conjunta no apoio às tropas brasileiras de força de paz, aplicada ao contexto da força-tarefa logística humanitária para o estado de Roraíma (operação acolhida), durante as ações do 6° contingente em Boa Vista RR

Abstract

A Força-Tarefa Logística Humanitária para o Estado de Roraima (Operação Acolhida) é, atualmente, uma importante oportunidade para que o Exército aperfeiçoe seus métodos de trabalho nas Operações de Paz. Sabemos também que ela se motiva em fenômeno migratório de grande destaque na escala mundial, que é o êxodo recente de venezuelanos em busca de melhores condições de vida nos países vizinhos. Dada a intensidade e duração desta questão, o que anteriormente se acreditava ser uma situação rápida, tornou-se um longo processo. A operação já está em seu décimo primeiro contingente, e perdura por mais de três anos, ao passo que o país vizinho ainda não mostrou evidências suficientes de estabilização social, política e econômica. Neste contexto, ainda que a operação esteja sob a égide da ONU, o Exército atua como líder operacional encabeçando a maior parte de suas atividades, e empregando o maior número de colaboradores. Este estudo, dadas as características da operação, buscará entender se seria possível implementar melhorias em sua logística, verificando se é viável reestruturá-la administrativamente, para que suporte um período ainda maior de funcionamento de maneira otimizada; e propor contribuições para a melhor execução de operações futuras.

The Humanitarian Logistics Task Force for the State of Roraima (Operation Acolhida) is currently an important opportunity for the Army to improve its working methods in Peacekeeping Operations. We also know that it is motivated by a migratory phenomenon of great importance on the global scale which is the recent exodus of Venezuelans in search of better living conditions in neighboring countries. Given the intensity and duration of this issue, what was previously believed to be a quick situation, has become a long process. The operation is now in its eleventh contingent, and takes more than three years, while the neighboring country has not yet shown sufficient evidence of social, political and economic stabilization. In this context, even though the operation is under the aegis of the UN, the Army acts as an operational leader at the head of most of its activities, and employing the largest number of collaborators. This study, given the characteristics of the operation, will seek to understand whether it would be possible to implement improvements in its logistics, verifying whether it is feasible to restructure it administratively, so that it supports an even longer period of operation in an optimized manner; or even, even if the operation ends soon, the conclusions may contribute to the better execution of future operations.