O papel da liderança estratégica na escolha de oficiais-generais do Alto Comando do Exército para o cargo de Comandante do Exército

Abstract

A presente pesquisa analisa as trajetórias dos generais de exército que concorreram ao cargo de comandante do Exército, a partir do momento que esse cargo deixou de ter o “status” de ministro e passou a ser diretamente subordinado ao Ministro da Defesa. Esta pesquisa tem o recorte temporal a partir de 2003 até 2022, com os sucessivos comandantes do Exército sendo selecionados pelo Ministro da Defesa. O universo de generais de exército que faz parte deste trabalho é composto por 15 (quinze) militares do ACE que concorreram em cada uma das cinco oportunidades em que houve substituição do Comandante do Exército, sendo que a cada escolha, três deles eram considerados. O trabalho busca a interdisciplinaridade, utilizando-se da Psicologia para a verificação dos traços de liderança dos militares escolhidos; da Ciência Política, por se tratar de assuntos relacionados ao primeiro escalão da Força Terrestre; do estudo das Ciências Militares, pois os personagens escolhidos como estudo de caso foram integrantes do Alto Comando do Exército (ACE). Em relação à metodologia, foi aplicado um teste de liderança em cada um dos militares escolhidos, com a finalidade de levantar atributos presentes de liderança estratégica. Os militares tiveram seus nomes substituídos por letras do alfabeto fonético da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), para que seus dados confidenciais fossem protegidos. A pesquisa é qualitativa e empírica, uma vez que engloba as alterações desses militares e os respectivos elogios recebidos pelos seus chefes imediatos e, ainda, abrange a técnica de entrevistas focadas e semiestruturadas. Nas considerações finais serão apresentados os resultados obtidos, as contribuições para a Ciência Militar e os atributos comuns de liderança estratégica presentes nesses generais. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT The research analyzes the trajectories of army generals (Four Stars Generals) who ran for the position of commander of the Army, from the moment that this position ceased to have the "status" of minister and became directly subordinate to the Minister of Defense. This research has a time frame from 2003 to 2022, with successive Army commanders being selected by the Minister of Defense. The universe of army generals that is part of this work is composed of 15 (fifteen) ACE generals who competed in each of the five opportunities in which the Army Commander was replaced, and for each choice, three of them were considered. The work seeks interdisciplinarity, using Psychology to verify the leadership traits of the chosen military; Political Science, as these are matters related to the top echelon of the Land Force; of the study of Military Sciences, as the characters chosen as a case study were members of the Army High Command (ACE). Regarding the methodology, a leadership test was applied to each of the chosen generals, with the purpose of finding attributes of strategic leadership. The military had their names replaced by letters from the phonetic alphabet of the North Atlantic Treaty Organization (NATO), so that their confidential data was protected. The research is qualitative and empirical, since it encompasses the file of service of these military personnel and the respective compliments received by their immediate superiors, and also covers the technique of focused and semi-structured interviews. In the final considerations, the results obtained, the contributions to Military Science and the common attributes of strategic leadership present in these generals will be presented.