O aprimoramento do uso da força nas Operações de Manutenção da Paz da Organização das Nações Unidas, no Haiti: face às operações em ambiente multidimensional para a proteção de civis

Abstract

O Brasil é membro permanente da ONU e rotativo do CS/ONU, com o maior número de participação, totalizando 11 vezes, inclusive atualmente. O Governo Federal possui em sua pauta de discussão a participação brasileira em Operação de Manutenção de Paz da ONU, buscando alcançar seus ON. Desde 1957 o Brasil vem participando dessas operações militares sob a égide da ONU, iniciando com a UNEF I. Com isso, vem crescendo cada vez mais a participação brasileira com efetivos maiores, inclusive de mulheres. O último emprego de tropa em Operação de Manutenção da Paz da ONU foi no Haiti, no período de 2004-2017. Esse país se encontrava em conflito interno. Assim, o CS/ONU interviu com uma operação para estabilização da paz, tendo o Brasil como o responsável a estabelecer a paz. Além disso, a preocupação era constante com a proteção de civis. O Brasil empregou cerca de 36.000 militares em 26 contingentes. Todos os Forces Commanders foram oficiais generais do Exército Brasileiro. Os militares empregados foram selecionados pelo Comando Militar de Área enquadrante de cada contingente. O CCOPAB foi o responsável em adestrar o efetivo. Houve o apoio dos psicólogos do CPAEx e dos instrutores de idiomas do CIdEx. Ocorreram 24 militares brasileiros mortos durante a MINUSTAH, sendo 18 mortos com o terremoto que assolou o Haiti em JAN 10. Contudo, por meio do preparo, capacitação, motivação e espírito de cumprimento do dever, o Brasil conseguiu estabelecer a paz nesse país, que possui o pior IDH do continente americano. A MINUSTAH proporcionou ao Brasil várias oportunidades, participação mais ativa em fóruns internacionais, projeção mundial, reconhecimento por parte da ONU, dentre outras. No aspecto militar, colaborou com o adestramento da tropa em melhores condições para atuarem em Operações de GLO e Operações em Combate Urbano, por exemplo. Ainda, os militares brasileiros tiveram contato com militares de outras nações, tendo a oportunidade de conhecerem outros idiomas e doutrinas militares similares a do Brasil. Assim, absorveram experiências vividas e jamais esquecidas. A MINUSTAH foi uma missão de sucesso! __________________________________________________________________________________________ RESUMEN Brasil es miembro permanente de la ONU y rotativo del CS/ONU, con el mayor número de participaciones, totalizando 11 veces, incluso hoy. El Gobierno Federal tiene en su agenda de discusión la participación brasileña en la Operación de Mantenimiento de la Paz de la ONU, buscando alcanzar sus ON. Desde 1957, Brasil ha estado participando en estas operaciones militares bajo los auspicios de la ONU, comenzando con UNEF I. Con esto, la participación brasileña está creciendo con un mayor número, incluidas las mujeres. El último trabajo de tropas en la Operación de Mantenimiento de la Paz de la ONU fue en Haití, de 2004 a 2017. Ese país fue encontrado en conflicto interno. Así, la CS/ONU intervino con una operación para estabilizar la paz, con Brasil como responsable de establecer la paz. Además, la preocupación era constante con la protección de los civiles. Brasil empleó cerca de 36.000 militares en 26 contingentes. Todos los comandantes de las fuerzas eran oficiales generales del ejército brasileño. El personal militar empleado fue seleccionado por el Comando Militar del Área de Encuadre de cada contingente. El CCOPAB se encargó de capacitar al personal. Contó con el apoyo de psicólogos de CPAEx e instructores de idiomas de CIdEx. Hubo 24 militares brasileños muertos durante la MINUSTAH, 18 de ellos muertos en el terremoto que azotó Haití el enero de 2010. Sin embargo, a través de la preparación, la capacitación, la motivación y el espíritu de deber, Brasil pudo establecer la paz en eso país, que tiene el peor IDH del continente americano. La MINUSTAH ha brindado a Brasil varias oportunidades, una participación más activa en foros internacionales, proyección global, reconocimiento por parte de la ONU, entre otros. En el aspecto militar, colaboró con el entrenamiento de la tropa en mejores condiciones para actuar en Operaciones GLO y Operaciones en Combate Urbano, por ejemplo. Además, los militares brasileños tuvieron contacto con militares de otras naciones, teniendo la oportunidad de conocer otros idiomas y doctrinas militares similares a la de Brasil. Así, absorbieron experiencias vividas y nunca olvidadas. ¡La MINUSTAH fue una misión exitosa!