Os Projetos Estratégicos do Exército Brasileiro e sua influência para o desenvolvimento da Indústria de Defesa Nacional na atualidade

Abstract

A expressão militar do poder nacional, delineada por sua base material, construída e mantida pela Base Industrial de Defesa (BID), está relacionada diretamente com sua capacidade científica e tecnológica, subdividida nos setores de Pesquisa, da Indústria, de Inovação e do Ensino. Por sua vez, a defesa no futuro, marcada pela evolução das tecnologias da era industrial para os da era informacional, depende de vários fatores, sendo o mais importante o estado presente da BID. Esta, por sua vez, depende do pensamento político-estratégico predominante; marcado sempre pela alternância de governos de vieses ideológicos distintos e pela discussão sobre a demanda reprimida em outros setores da sociedade e, sobretudo, pelo grau de independência tecnológica, em especial em um setor onde a CT&I se tornou uma arena de disputa de poder no sistema internacional, refletindo um mercado de defesa fechado e competitivo, bastante restritivo a transferências de tecnologia. No Brasil, o investimento em CT&I na Defesa, ao que pese os óbices próprios observados em países emergentes, vem se tornando uma política de Estado, independente da orientação ideológica dos governos que se sucedem, mormente a partir da criação do Ministério da Defesa (Lei Complementar nº 97, de junho de 1999), e da posterior criação de sua Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), sendo bons exemplos disso os diversos Projetos Estratégicos das Forças Singulares e, em especial, os principais Projetos Estratégicos do Exército citados nesse trabalho. Portanto, o presente trabalho procura apresentar os Projetos Forças Blindadas, SISFRON e ASTROS 2020 buscando situá-los neste contexto de mudanças internacionais marcadas pelos efeitos do avanço em tecnologias críticas e mostrando a grande importância que têm no desenvolvimento da BID brasileira e no fortalecimento do poder nacional. ________________________________________________________________________________________ RESUMEN La expresión militar del poder nacional, delineada por su base material, construida y mantenida por la Base Industrial de Defensa (BID), está directamente relacionada con su capacidad científica y tecnológica, subdividida en los sectores de Investigación, Industria, Innovación y Educación. A su vez, la defensa futura, marcada por la evolución de las tecnologías, desde la era industrial, hacia las de la era de la información, depende de varios factores, siendo el más importante el estado actual del BID. Esto, a su vez, depende del pensamiento político estratégico imperante; siempre marcada por la alternancia de gobiernos con diferentes parcialidades ideológicas y por la discusión sobre la demanda reprimida en otros sectores de la sociedad y, sobre todo, por el grado de independencia tecnológica, especialmente en un sector donde CT&I se ha convertido en un escenario de lucha de poder en el mercado internacional del sistema, reflejando un mercado de defensa cerrado y competitivo, bastante restrictivo a las transferencias de tecnología. En Brasil, la inversión en CT&I en Defensa, a pesar de los obstáculos observados en los países emergentes, se ha convertido en una política de Estado, independiente de la orientación ideológica de los sucesivos gobiernos, especialmente desde la creación del Ministerio de Defensa (Ley 97, de junio de 1999), y la posterior creación de su Departamento de Productos de Defensa (SEPROD), siendo buena muestra de ello los distintos Proyectos Estratégicos de las Fuerzas Singulares y, en particular, los principales Proyectos Estratégicos del Ejército mencionados en este trabajo. Por lo tanto, el presente trabajo busca presentar los Proyectos Blindadas, SISFRON y ASTROS 2020, buscando ubicarlos en este contexto de cambios internacionales marcados por los efectos del avance de las tecnologías críticas y mostrando la gran importancia que tienen en el desarrollo de la economía brasileña. BID y en el fortalecimiento del poder nacional.