A Estratégia da Dissuasão do Brasil e defesa da Foz do Amazonas

Abstract

O presente estudo analisa a relação entre a Estratégia da Dissuasão do Brasil e a defesa da região da Foz do Amazonas. O primeiro capítulo pretende, por meio de uma análise histórica, identificar os interesses estrangeiros desde o século XVI pela região do Amapá, passando pelo Império do Brasil até os dias atuais para concluir que, ainda, persiste a cobiça internacional pela região, tendo em vista, dentre outros fatores, sua localização privilegiada. Após caracterizada a importância estratégica da Foz do Amazonas iremos pensar nas capacidades necessárias para que as Forças Armadas tenham uma dissuasão frente a possíveis ameaças à soberania nacional. Neste sentido, destacaremos os conceitos de antiacesso (anti-acess ou A2), negação de área (area denil ou AD) e operações em multidomínio, com base em exemplos de países como Rússia e China e, assim, buscar adaptar essas ideias para a realidade nacional. O próximo passo será analisar a estrutura militar do Exército Brasileiro na Foz do Amazonas com o objetivo de identificar, em que medida, a 22ª Brigada de Infantaria de Selva, Grande Unidade recentemente criada no Amapá, contribui para a Estratégia da Dissuasão. Por fim, pretendemos chegar em sugestões para que as Forças Armadas do Brasil desenvolvam um bolsão de A2/AD centrada região na Foz do Amazonas para ficar em melhores condições de cumprir a missão de defesa da Pátria. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT El presente estudio analiza la relación entre la Estrategia de Disuasión del Brasil y la defensa de la región de la desenbocadura del río Amazonas. El primer capítulo pretende, a través de un análisis histórico, identificar los intereses extranjeros desde el siglo XVI en la region del Amapá, pasando por el Imperio de Brasil hasta nuestros días, para concluir sí la codicia internacional por la región aún persiste, considerando, entre otros factores, su ubicación privilegiada. Después de caracterizar la importancia estratégica de la desenbocadura del río Amazonas, pensaremos en las capacidades necesarias para que las Fuerzas Armadas tengan disuasión ante posibles amenazas a la soberanía nacional. En este sentido, destacaremos los conceptos de operaciones anti-acceso (anti-access o A2), negación de area (denil-area o AD) y operaciones multidominio, basándonos en ejemplos de países como Rusia y China, y así buscar adaptar estas ideas a la realidad nacional. El próximo paso será analizar la estructura militar del Ejército Brasileño en la desenbocadura del río Amazonas para identificar en qué medida la 22ª Brigada de Infantería de Selva, una gran unidad recién creada en Amapá, contribuye a la Estrategia de Disuasión. Por fin, pretendemos llegar a sugerencias para que las Fuerzas Armadas de Brasil desarrollen un bolsillo de antiacesso y negación de área en la región de la desenbocadura del rio Amazonas y así quedar en mejores condiciones para cumplir la misión de defensa de la Patria.